07/03/2014 - 17h10
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, o Programa Estadual DST/Aids de São Paulo decidiu dar continuidade a campanha “Homem de verdade não bate em mulher... e no sexo usa camisinha”, lançada nas redes sociais em dezembro de 2013 - em alusão ao Dia Internacional da não-violência contra as mulheres e também ao Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A ação foi inspirada na campanha contra a violência proposta pela Organização Mundial da Saúde, através do Banco Mundial, à qual foi acrescentada a mensagem de prevenção as DST/aids e o uso do preservativo.
A campanha é veiculada em formato de vídeo e material fotográfico. “Nosso objetivo é incentivar o debate e a conscientização sobre o tema violência contra a mulher e o uso do preservativo, incluindo a população masculina em ações de prevenção das DST/aids e contra a violência”, explica Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids de São Paulo.
No Brasil, uma em cada cinco mulheres já sofreram violência dentro de casa (Mapa da Violência 2012 – Homicídios de Mulheres no Brasil). Em 80% dos casos, as agressões ocorreram por parte de namorados e maridos. “A questão da violência vulnerabiliza as mulheres também em relação a infecção do HIV/aids uma vez que, pelas diferenças de gênero, a mulher vítima de violência tem dificuldades extremas para negociar o uso do preservativo”, comenta Ivone de Paula, gerente da Área de Prevenção do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids de São Paulo.
“Sem dúvida, as questões de gênero, ou seja, as formas diferenciadas de poder estabelecidas entre homens e mulheres acabam por torná-las mais vulneráveis à infecção”, observa Analice Oliveira, coordenadora da campanha.
Essa campanha também tem o propósito de sensibilizar gestores regionais e municipais do estado de São Paulo a dispararem ações educativas relacionadas a esse tema em suas regiões.
Foram notificados 228.698 casos de aids no estado de São Paulo (1980 até junho de 2013), destes 71.406 são mulheres. A partir da década de 1990, a infecção entre as mulheres deve-se praticamente a relações heterossexuais.
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