A América Latina enfrenta níveis impressionantes de violência organizada e interpessoal, boa parte dela ligada à produção e ao tráfico de drogas ilícitas e à chamada “guerra às drogas”. No entanto, existem evidências de uma crescente resistência ao regime mundial de controle das drogas e à sua quase exclusiva ênfase no controle da oferta, realizada por meio de medidas de repressivas. Este relatório avalia como as mudanças em curso na América Latina estão desafiando os alicerces deste regime.
Na última década, duas comissões independentes – a Comissão Latino-americana sobre Drogas e Democracia e a Comissão Global de Política sobre Drogas – quebraram o tabu e começaram a discutir políticas de drogas alternativas. Ambas enfatizaram a necessidade de uma mudança de paradigma das abordagens repressivas para intervenções preventivas que tenham foco na redução de danos e na segurança cidadã.
Encorajados por recomendações destas comissões, diversos líderes latino-americanos estão discutindo uma abordagem mais equilibrada para a política de drogas. Alguns governos estão fazendo experiências com leis e modelos de regulação adaptados às suas realidades e necessidades locais. Estes e outros esforços poderão ter implicações significativas não apenas para a política de drogas na América Latina, mas no mundo.
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