5 de junho de 2010

Cinema na Escola

Comissão de Educação do Senado aprovou nesta semana projeto de lei do senador Cristovam Buarquequeobrigaestudantes de escolas públicas e privadas de todo País a assistirem, por mês, a pelo menos duas horas de longas brasileiros.
Para virar lei, a proposta deverá ser apreciada pela Câmara dos Deputados e, posteriormente, sancionada pelo presidente daRepública.

Ou seja: pode ser um daqueles projetos que ficam anos emtramitação.

Mas digamos que ele seja, em breve, sancionado. Sem dúvida alguma, éumainiciativa bem-vinda.

Mas muitas perguntas ficamno ar.

Por exemplo: que longas serão exibidos para os alunos? Cada escola escolhe o que lhe convier? Em que aulas e emque contexto curricular os filmes serão apresentados? Com quais objetivos? Formação ou entretenimento? Ocinemaserádidatizado como, de certa forma, fizeramcoma literatura? Como é que fica a questão dos direitos autorais? Ao pé da letra, as escolas, hoje, estão legalmente impedidas de exibir filmes-nacionais ou estrangeiros- emsuas salas de aula sema devida autorizaçãoda distribuidora.

Conheço propostas de cineclubes escolares que tentam cumprir a lei semalcançar êxito.

Outra questão: há longas brasileiros suficientes e diversificados, por exemplo, para as crianças? O jornalista e escritor João Batista Melo fez as contas: entre 1908 e 2002 foram produzidos 3.415 filmes.

Deste total, apenas 70 foram dedicados ao público infantil, sendo a metade deles assinada pelos Trapalhões.

Em entrevista à rádio do Senado, o senador Cristovam Buarque disse que a proposta vai criar uma demandaparao futuro.Bem,se esta é a ideia, senador, sómesmopara o futuro

Um comentário:

  1. Excelente idéia. Na minha opinião "Trapalhões" não agrega em nada em outras palavras "é Mágico de Oz". Aposto em filmes didádicos que falam sobre regiões do Brasil, Amazonas, Pantanal, Biologia etc. Tudo é uma questão de pesquisa e, obviamente fechar uma parceria com as produtoras, que com certeza se interessariam neste projeto. E não acho só que se deva restringir ao Brasil, mas como ao mundo todo, o que acontece lá fora, as crianças devem ter acesso sobre essas informações também. Pensando bem é um leque "maravilhoso" a ser explorado. Mais uma vez, excelente idéia.

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