29 de setembro de 2011

Violencias nas escolas: Goiania e Belo Horizonte


28 de setembro de 2011
Educação no Brasil | O Diário de Maringá | Geral | PR
 Jovem é flagrado com facas em Goiânia

Um adolescente de 12 anos foi flagrado com duas facas em frente a uma escola municipal hoje pela manhã no Conjunto Habitacional Baliza, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, o rapaz disse que iria agredir um aluno da escola para proteger uma amiga.
A Guarda Municipal de Goiânia monitorava a região quando suspeitou de um grupo de jovens parado na porta da escola. Durante a abordagem, a equipe apreendeu duas facas com um dos menores. Outros três adolescentes acompanhavam o jovem, mas eles estavam desarmados.
O adolescente de 12 anos foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) de Goiânia. Ele não disse qual o nome do estudante que seria atacado. O caso está sendo investigado.

29 de setembro de 2011
Educação no Brasil | Estado de Minas | Gerais | MG
 Crimes disparam em escolas de BH




Número de ocorrências em colégios públicos cresce 140% no 1º semestre. Menino de 11 anos é flagrado com arma
Landercy Hemerson
Um menino de 11 anos foi flagrado ontem à tarde com um revolver calibre 38, carregado, numa escola municipal de Belo Horizonte, na Região da Pampulha. Pais e professores ficaram surpresos, já que o garoto não é considerado problemático. O caso na Pampulha é mais um a engrossar as estatísticas da violência nas escolas públicas municipais e estaduais da capital. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o número de registros de crimes contra o patrimônio e pessoas nas instituições de ensino de BH saltou de 82 no primeiro semestre de 2010 para 197 no mesmo período deste ano, um aumento de 140%.
O caso da criança flagrada com arma ocorreu à tarde. Por volta das 17h, militares do 34º Batalhão da PM foram chamados à Escola Municipal Alice Nacif, na Avenida Expedicionário Paulo de Souza, no Bairro Itatiaia. Guardas municipais suspeitaram de um volume que o aluno trazia debaixo da blusa. A PM foi chamada e constatou que era um revólver calibre 38 com quatro cápsulas. Os pais garantem que a criança nunca havia dado trabalho. O menino justificou que seu primo, traficante de drogas na região, pediu-lhe para guardar a arma. Ele disse que apenas queria mostrá-la aos colegas.
Outros casos de violência assustaram Belo Horizonte nos últimos dias. No sábado, um adolescente de 17 anos tentou matar Marco Túlio Miranda Dias, de 38, auxiliar de serviços gerais de uma escola do Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O menor infrator foi apreendido na terça-feira e liberado depois de prestar esclarecimentos, aos cuidados de sua mãe. O servidor pediu dispensa da escola. "Quero colocar uma pedra sobre tudo isso. Hoje me arrependo de ter cumprido com meu dever ao repreender o aluno indisciplinado. Trabalhava com amor, pois me formei naquela escola. Mas hoje entendo o motivo de muitos servidores fazerem vista grossa aos abusos dos estudantes", explicou Marco Túlio, que garante que nunca mais volta a trabalhar numa escola pública.
No dia 25 de agosto, um estudante de 15 anos agrediu a diretora da Escola Municipal Maria Silva Lucas, em Contagem, na Grande BH. O adolescente está acautelado numa unidade própria aguardando a aplicação de medidas socioeducativas. Na sexta-feira, um menino de 12 anos ameaçou duas adolescentes com uma arma de fogo na Escola Estadual Doutor Paulo Diniz Chagas, no Bairro Gameleira, Região Oeste de BH, dizendo que queria namorá-las.
O professor universitário de ciências sociais e especialista em criminalidade Luis Flávio Sapori considerou "preocupante" os números da Seds. "Estou surpreso com esse crescimento da violência escolar. Penso que é urgente um diagnóstico desse quadro junto às comunidades escolar. Desde 2006, registrávamos uma queda do número de ocorrências", assinalou. O secretário adjunto de Defesa Social, Genilson Zeferino, afirmou ontem que o governo já está atento aos números. "É um fenômeno novo que exige uma resposta nova. Estamos identificando as escolas em que esse fenômeno se faz mais presente, para atuação do ponto de vista da proteção, com reforço do policiamento ostensivo, e também da prevenção, com intensificação dos programas das duas secretarias (Educação e Defesa Social) que promovem a cultura da paz na comunidade escolar".
De acordo com Zeferino, os números das estatísticas da Seds apontam índices diferentes da violência escolar. "Há um número significativo de aumento dos enfrentamentos entre os próprios alunos dentro do espaço da escola. E também constatamos o registro de ações contra a instituição, de vandalismo e furto. E há ainda os casos de brigas, com situações de homicídio, de pessoas que não estão ligadas ao ambiente escolar, mas que ocorrem próximas aos prédios escolares", disse.
ENQUANTO ISSO... INVESTIGAÇÃO EM SP
Depois de ouvir os pais e o irmão do menino de 10 anos que atirou contra uma professora dentro da sala de aula e em seguida se matou, em São Caetano do Sul (Grande SP), a delegada responsável pelo caso, Lucy Fernandes, afirmou que não deve indiciar o pai por negligência. Ela contou que o pai do menino - que é guarda municipal - disse que os filhos sabiam onde o revólver calibre 38 era guardado e que sempre foram orientados em relação aos perigos de se aproximar da arma. De acordo com Lucy, ainda não é possível esclarecer os motivos que levaram o menino a cometer o crime.

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