SÃO PAULO - Em artigo publicado na quinta-feira, o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, revela que o ensino superior no Brasil está parando de crescer.
Utilizando-se de dados do Inep, Brito mostra que, de 1995 a 2005, o setor vivia uma expansão acelerada: o número de alunos aumentava 13% ao ano nas instituições privadas e 11% nas públicas. De 2005 a 2010, porém, houve uma significativa redução nesse ritmo: as particulares cresceram 4,5% ao ano, e as oficiais, 0,2%.
A situação fica pior se tomarmos como medida os que se graduam. Aí houve uma inflexão: o número de estudantes que concluíram o curso em 2010 foi menor do que o de 2007.
Para Brito, um dos fatores a explicar esse quadro é o fraco desempenho do ensino médio. A virtual universalização da escola fundamental ao longo dos anos 90 fez muitos especialistas prognosticarem uma explosão de matrículas no ensino médio, mas ela não ocorreu. Na verdade, o total de alunos que pegaram seu diploma de ensino médio em 2010 foi menor do que o de 2003.
A minha hipótese para o fenômeno é que o sistema de ensino se chocou contra a barreira da qualidade. Para o aluno avançar numa faculdade, ele precisa estar minimamente preparado. Se não está e sabe disso, nem se matricula. Se não sabe, começa o curso, mas acaba desistindo.
Caso o Brasil queira progredir mais, precisará resolver o problema da qualidade, que, apesar de uma lenta evolução, ainda é muito baixa. No último Pisa (2009), o exame internacional de desempenho de estudantes, ficamos em 53º lugar entre as 65 nações avaliadas.
E não há dúvida de que o país precisa, com urgência, aumentar sua população com diploma universitário. Por aqui, a taxa bruta de escolarização no nível superior é de 36%, contra 59% do Chile e 63% do Uruguai. Isso, é claro, para não mencionar países mais desenvolvidos, como EUA (89%) e Finlândia (92%).
Utilizando-se de dados do Inep, Brito mostra que, de 1995 a 2005, o setor vivia uma expansão acelerada: o número de alunos aumentava 13% ao ano nas instituições privadas e 11% nas públicas. De 2005 a 2010, porém, houve uma significativa redução nesse ritmo: as particulares cresceram 4,5% ao ano, e as oficiais, 0,2%.
A situação fica pior se tomarmos como medida os que se graduam. Aí houve uma inflexão: o número de estudantes que concluíram o curso em 2010 foi menor do que o de 2007.
Para Brito, um dos fatores a explicar esse quadro é o fraco desempenho do ensino médio. A virtual universalização da escola fundamental ao longo dos anos 90 fez muitos especialistas prognosticarem uma explosão de matrículas no ensino médio, mas ela não ocorreu. Na verdade, o total de alunos que pegaram seu diploma de ensino médio em 2010 foi menor do que o de 2003.
A minha hipótese para o fenômeno é que o sistema de ensino se chocou contra a barreira da qualidade. Para o aluno avançar numa faculdade, ele precisa estar minimamente preparado. Se não está e sabe disso, nem se matricula. Se não sabe, começa o curso, mas acaba desistindo.
Caso o Brasil queira progredir mais, precisará resolver o problema da qualidade, que, apesar de uma lenta evolução, ainda é muito baixa. No último Pisa (2009), o exame internacional de desempenho de estudantes, ficamos em 53º lugar entre as 65 nações avaliadas.
E não há dúvida de que o país precisa, com urgência, aumentar sua população com diploma universitário. Por aqui, a taxa bruta de escolarização no nível superior é de 36%, contra 59% do Chile e 63% do Uruguai. Isso, é claro, para não mencionar países mais desenvolvidos, como EUA (89%) e Finlândia (92%).
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