RIO - Para os brasileiros de 16 e 17 anos, o voto é opcional. Trata-se de um direito conquistado pelo movimento estudantil, incorporado à Constituição de 1988. Mas a participação desses eleitores nas eleições municipais vem caindo. Em 2004, na cidade do Rio havia 42,9 mil eleitores menores de idade, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Este ano, apenas 26 mil vão votar — uma queda de 39,9%. A população de moradores do Rio nessa faixa etária também caiu, mas numa proporção menor. Eram 193 mil em 2000, e 183 mil em 2010, o que representa redução de 5,1%, de acordo com o Censo.
Para o pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Felipe Borba, o jovem, historicamente, se interessa menos por política. Ele afirma isso citando pesquisas realizadas desde os anos 1950.
— Se o voto não é obrigatório até os 18 anos, grande parte dos jovens acaba não votando mesmo — afirma Borba.
Professor não vê alienação
O pesquisador acredita que a diminuição demográfica não é tão significativa a ponto de justificar a menor participação na eleição. Entretanto, o cientista político Eduardo Raposo, professor do Departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio, não acha que os números reflitam uma alienação dos jovens:
— É uma geração mais individualista do que a dos anos 1970. Mas percebo os jovens de hoje bastante interessados nos rumos do país.
Enquanto a participação de adolescentes vem diminuindo em relação a outras eleições municipais, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) comemora o aumento do número de eleitores 16 e 17 anos em comparação com as eleições presidenciais de 2010. Naquele ano, foram 2,4 milhões de jovens votando no país. Em 2012, são 2,9 milhões. A Ubes é uma das realizadoras da campanha “Se liga 16”, para conscientizar sobre a importância da participação dos jovens nas eleições.
‘Possibilidade de mudar’
No Rio, o número de adolescentes que tiraram o título de eleitor (26 mil) representa 14,1% da população atual com essa faixa de idade (183 mil). Em muitas escolas, a taxa é maior. Segundo o Colégio Santo Inácio, por exemplo, 32,8 % dos seus alunos com idade para votar vão participar destas eleições. Gabriela Matera, de 16 anos, aluna do 2º ano do pH, tirou o título de eleitor assim que atingiu a idade mínima para votar.
— Se há oportunidade, a gente tem que ajudar a escolher um bom político para a cidade. Está nas nossas mãos também a possibilidade de mudar alguma coisa — diz.
Já Tabatha Barros, também de 16, aluna do 2° ano do Colégio São Vicente, perdeu o prazo para requerer o título.
— Não gosto do nosso sistema político, mas também não foi um ato de rebeldia. Só que, como não é obrigatório, não me preocupo tanto.
Para o pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Felipe Borba, o jovem, historicamente, se interessa menos por política. Ele afirma isso citando pesquisas realizadas desde os anos 1950.
— Se o voto não é obrigatório até os 18 anos, grande parte dos jovens acaba não votando mesmo — afirma Borba.
Professor não vê alienação
O pesquisador acredita que a diminuição demográfica não é tão significativa a ponto de justificar a menor participação na eleição. Entretanto, o cientista político Eduardo Raposo, professor do Departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio, não acha que os números reflitam uma alienação dos jovens:
— É uma geração mais individualista do que a dos anos 1970. Mas percebo os jovens de hoje bastante interessados nos rumos do país.
Enquanto a participação de adolescentes vem diminuindo em relação a outras eleições municipais, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) comemora o aumento do número de eleitores 16 e 17 anos em comparação com as eleições presidenciais de 2010. Naquele ano, foram 2,4 milhões de jovens votando no país. Em 2012, são 2,9 milhões. A Ubes é uma das realizadoras da campanha “Se liga 16”, para conscientizar sobre a importância da participação dos jovens nas eleições.
‘Possibilidade de mudar’
No Rio, o número de adolescentes que tiraram o título de eleitor (26 mil) representa 14,1% da população atual com essa faixa de idade (183 mil). Em muitas escolas, a taxa é maior. Segundo o Colégio Santo Inácio, por exemplo, 32,8 % dos seus alunos com idade para votar vão participar destas eleições. Gabriela Matera, de 16 anos, aluna do 2º ano do pH, tirou o título de eleitor assim que atingiu a idade mínima para votar.
— Se há oportunidade, a gente tem que ajudar a escolher um bom político para a cidade. Está nas nossas mãos também a possibilidade de mudar alguma coisa — diz.
Já Tabatha Barros, também de 16, aluna do 2° ano do Colégio São Vicente, perdeu o prazo para requerer o título.
— Não gosto do nosso sistema político, mas também não foi um ato de rebeldia. Só que, como não é obrigatório, não me preocupo tanto.
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