RIO - O que já era percepção e lembrança de muitos que passaram pela escola agora é comprovado cientificamente. Um novo estudo da Universidade de Georgia (UGA)publicado na revista “Aggressive Behavior” revela que os meninos têm um comportamento relacional agressivo muito mais frequente que as meninas.
Há tempos, pesquisadores especulavam que crianças do sexo masculino seriam mais fisicamente agressivas, enquanto as do sexo feminino seriam mais racionalmente agressivas. Ou seja, enquanto meninos brigavam na escola, meninas espalhavam piadas maldosas, praticavam bullying e não sentiam pena em excluir e rejeitar colegas.
Para tentar quantificar essa hipótese, o grupo da UGA coletou dados de 620 estudantes selecionados aleatoriamente em seis distritos escolares no estado da Geórgia, nos Estados Unidos. Estudantes participantes completaram pesquisas anuais, o que permitiu que os pesquisadores identificassem seus comportamentos e os agrupassem em trajetórias distintas para a agressão relacional e vitimização ao longo do tempo. Os alunos foram acompanhados desde a sexta série do ensino fundamental até o fim do ensino médio.
Os pesquisadores descobriram que, em todas as séries, os meninos envolvidos no chamado “comportamento agressivo relacional” apareciam com mais freqüência do que as meninas. Eles também eram fisicamente mais agressivos do que elas.
O estudo da UGA também mostra que os maiores níveis de agressão física e relacional estão presentes em estudantes da sexta até a oitava série. A partir daí, todos os níveis de agressão entram em constante declínio ao longo, até chegar ao mínimo durante o último ano do ensino médio.
Os pesquisadores ressaltam, no entanto, que o estudo tem limitações de amostragem, já que só foram analisados estudantes da Geórgia.
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