16 de dezembro de 2014

Pesquisa avalia perspectivas de jovens em relação ao Ensino Médio


15 de dezembro de 2014
Levantamento do Instituto Unibanco entrevistou 4,7 mil jovens estudantes da rede pública de São Paulo e do Rio de Janeiro

Fonte: Centro de Referências em Educação Integral



O que os jovens esperam do Ensino Médio em relação aos estudos e à profissão? Com a intenção de explorar esse universo, o Instituto Unibanco realizou uma pesquisa com 4,7 mil jovens estudantes da rede pública de São Paulo e do Rio de Janeiro. A leitura dos dados, divulgados essa semana, permite refletir sobre o significado que essa etapa escolar tem para com a juventude e suscitar debates sobre os enfrentamentos ainda necessários.
De modo geral, os resultados revelam que o Ensino Médio para esse grupo de estudantes é visto menos como uma oportunidade de desenvolvimento e aprendizagem para o cotidiano e mais como uma transição para o trabalho e para o futuro, com possibilidade de ingresso na universidade.
Alguns dados ancoram a percepção. 78,7% gostariam de fazer um curso técnico ou obter uma qualificação para o mundo do trabalho e 68% dos alunos vão à escola para aprender conteúdos e habilidades para ser um bom profissional. Já em relação à contribuição da escola, 36,2% dizem que ela contribui para aprender e aumentar repertório; 29,6% para ter um trabalho melhor e 19,3% para pensar/ter/planejar o futuro. Pouco mais de um quinta dos jovens (22,2%) já perderam o ano por desistir de assistir aulas.
Na visão do superintendente do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques, a etapa escolar ainda não cumpre o seu principal papel de dialogar com as aprendizagens que os jovens precisam vivenciar para sociedade contemporânea, em termos cognitivos e socioemocionais, e estabelecer vínculos com suas expectativas e visões de futuro. Para tanto, reforça a necessidade de mudanças que viabilizem processos mais qualitativos ao período.
Em comunicado oficial do Instituto, Henriques faz algumas defesas: “por disciplinas menos conteudísticas para que os estudantes não fiquem fechados em uma escola desconectada do mundo exterior; por caminhos possíveis para os jovens fazerem suas escolhas de acordo com suas vocações e interesses; e uma reforma no currículo escolar para que o jovem se interesse pela escola e não a abandone”, enumera.

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