22 de março de 2010


Ministro diz que banda

larga no Brasil deverá custar

entre R$ 25 e R$ 35 por mês

O Plano Nacional de Banda Larga foi tema da entrevista do ministro do Planejamento Paulo Bernardo no programa "Bom Dia, Ministro", semana passada. Segundo ele, o preço da conexão rápida no país deverá ficar na faixa entre R$ 25 e R$ 35.

O ministro não falou em velocidade, mas Benito Paret, presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Rio, lembra que o padrão mínimo definido pela União Internacional de Telecomunicações para se falar em banda larga são 2 Mbps, enquanto no Brasil tem empresa vendendo conexão de 200Kbps como internet rápida. Assim, Benito deixa no ar a pergunta: que velocidades nosso plano levará em conta? O que estamos querendo? - Não quero chegar aos números dos americanos. Mas se não tivermos 100, podemos ter 10. O que fica claro é que banda larga é um aspecto fundamental para crescimento, criação de emprego, competitividade global, disseminação do conhecimento, segurança e saúde pública. O plano coloca a internet como o grande instrumento do futuro - defende ele.

Paulo Bernardo confirmou que a rede de fibra ótica da antiga Eletronet deverá ser utilizada para ampliar o alcance da banda larga no país. O mecanismo de acesso pode ser feito em parceria com empresas privadas.

- (A empresa) terá o acesso à fibra ótica e vai fornecer para o usuário. Vamos condicionar que tenha um preço compatível - disse o ministro.

Benito Paret concorda que os investimentos não podem ser apenas públicos e reafirma a importância de incentivos fiscais. Mas ainda assim, ele vê com bons olhos o renascimento da Telebras como um instrumento para aumentar a concorrência. Para ele, é essencial separar as empresas que fornecem os serviços das que fornecem a infraestrutura.

- Diversos bairros da cidade do Rio não têm acesso adequado.

Não há política pública que leve em conta a importância social da internet. Estado não tem que se meter em oferecer serviço, mas pode ajudar na infraestrutura para escolas, pequenos provedores etc - diz Benito.

Bernardo afirma que não poderá haver venda casada (ou seja, quando a operadora oferece a internet com o telefone fixo), uma vez que isso ampliaria os custos para o usuário. A ideia é que, depois de lançado, o projeto se dissemine pelo país em dois anos.

O ministro explica que o debate foi interrompido por conta da elaboração do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) e deverá voltar à pauta de conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva até abril.

Paulo Bernardo revelou que a utilização da cabos de eletricidade está sendo testada pelas distribuidoras de energia elétrica e pode ser mais uma opção de acesso à banda larga com preço menor. O governo estuda o uso de satélites em áres onde não haja cobertura de fibra ótica.

Para o ministro, o Plano de Banda Larga, que está sendo elaborado pelo governo, deve ser aprovado pelo Congresso Nacional com rapidez.

- Todos sabemos que é muito importante diminuir o custo, facilitar o acesso - disse.

(Com Agência Brasil)

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