8 de fevereiro de 2012

1 milhão de homicídios em 30 anos


Radis




Mais de 1 milhão de pessoas foram vítimas de homicídios no país nos últimos 30 anos, noticiou o Portal G1 (14/12/2011). Os dados são do estudo Mapa da Violência 2012 — Os novos padrões da violência homicida no Brasil, elaborado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz para o Instituto Sangari (www.institutosangari.org.br), reunidas a partir de números do Ministério da Justiça e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. O levantamento aponta que entre 1980 e 2012 houve um aumento de 124% no número de homicídios no país (2,7% a cada ano) e que as mortes violentas passaram de 13.910 casos registrados, em 1980, para 49.932, em 2010. No total, foram quase 1 milhão e 100 mil assassinatos no período — um aumento que chega a 259% nas últimas três décadas (4,4% anuais, em média).

O estudo indica ainda, nos últimos sete anos, uma tendência de queda na taxa de assassinatos registrada nas capitais e aumento contínuo no interior do país. Enquanto nas grandes cidades a taxa passou de 44,1 casos, em 2003, para 33,6, em 2010, nas cidades do interior houve um crescimento de 16,6 mortes, em 2003, para 20,1, em 2010 — número que ultrapassa a média nacional.
Alagoas lidera a taxa de homicídios com 66,8 casos por 100 mil habitantes. Em seguida estão Espírito Santo (50,1), Pará (45,9), Pernambuco (38,8) e Amapá (38,7). Santa Catarina foi o estado que registrou o menor índice (12,9). O G1 ainda destacou que o Brasil tem média anual de mortes violentas superior a registrada em conflitos armados internacionais. A média anual de 36,3 mil mortes, calculada por Julio Jacobo Waisefisz nas últimas três décadas, é superior (em números absolutos) à média anual de mortes registradas nos conflitos na Chechênia (25 mil), aos mortos na guerra civil de Angola (20,3 mil/ano) e às 13 mil mortes por ano registradas na Guerra do Iraque desde 2003. O Mapa da Violência está disponível na íntegra em www.mapadaviolencia.org.br

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