6 de fevereiro de 2012

Na escola pública, tecnologia ainda engatinha


06 de fevereiro de 2012
Inclusão digital | Correio Braziliense | Cidade | BR

» Flávia Maia» Paula Filizola

Na esfera federal, a proposta do Ministério da Educação é comprar 600 mil tablets e distribuir para professores de 58,7 mil escolas públicas brasileiras com banda larga, localizadas em áreas urbanas. A meta do MEC é que os equipamentos previstos no projeto Educação Digital sejam entregues até o fim do ano.
Até o momento, 337 mil professores foram capacitados para trabalhar com os avanços digitais no país. No DF, a Secretaria de Educação propõe uma série de medidas, muitas ainda sem prazo definido para implantação, além de um investimento de R$ 50 milhões para a banda larga chegue a todos os colégios.
De acordo com o secretário, Denilson Bento da Costa, um plano de execução e um curso de formação para os professores estão em estudo. O aperfeiçoamento dos docentes deve ser promovido pela Secretaria de Ciência e Tecnologia, mas, segundo o secretário, "o projeto ainda está em fase de implantação". Atualmente, todas as escolas públicas do DF possuem internet, mas o sistema é antigo e nunca passou por modernização. Da forma como está estruturada atualmente, a rede não pode ser compartilhada por vários computadores. Além disso, falta infraestrutura, como salas climatizadas e rede adequada de energia elétrica.
Até o momento, o programa federal Um Computador por Aluno, iniciado em 2007 para levar equipamentos portáteis a estudantes e professores de ensino básico da rede pública, não está em pleno funcionamento. As seis escolas do DF que receberam os aparelhos não conseguem efetivar a prática por diversas deficiências. Entre elas, falta de tomadas. O secretário de Educação justifica que um contrato firmado com a CEB vai solucionar o problema da queda de energia e da ausência de tomadas.
Outro fator que impede a total inclusão digital na rede pública é a falta de preparo dos professores. O diretor do Sindicato dos Professores do DF, Washington Dourado, acredita que a realidade dos tablets para as escolas públicas ainda está distante. "Como posso acreditar em educação digital se não conseguimos nem excluir os quadros de giz, uma antiga reivindicação nossa? Infelizmente, as escolas privadas saem na frente."

Nenhum comentário:

Postar um comentário