4 de fevereiro de 2012

Queda da violência e economia impulsionam a Colômbia


 Sábado, 04 de fevereiro 2012


Análise
Humberto Domiciano   (hdomiciano@brasileconomico.com.br) 
03/02/2012, Brasil Económico


Juan Manuel Santos é aprovado por 75% da população colombiana

Nos últimos anos, o país vem apresentando altas taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na comparação com os vizinhos de continente. Em 2011, o PIB colombiano subiu 4,9%.
A redução nos níveis de violência e o crescimento econômico fazem da Colômbia um novo alvo de investimentos na América Latina.
Nos últimos anos, o país vem apresentando altas taxas de elevação do Produto Interno Bruto (PIB) na comparação com os vizinhos de continente. Em 2011, o PIB colombiano subiu 4,9%, observando altas de 6,7% e 6,9% em 2006 e 2007, respectivamente, no período anterior à crise global.
Recentemente, o Banco Central da Colômbia elevou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual para 5% ao ano, justamente pelo forte crescimento econômico do país.
Um fator que contribui para a melhoria nas condições foi o aumento dos preços das matérias-primas no mercado internacional, ocorrida nos últimos anos.
"Com a explosão dos preços internacionais das commodities, a Colômbia passou a presenciar um crescimento mineiro-energético, com investimentos em extração de minério, carvão e petróleo", comentou Daniela Alves, diretora do Centro de Estratégia, Inteligência e Relações Internacionais (Ceiri).
A expansão do setor pode ser comprovada pela elevação nos números da balança comercial entre Brasil e Colômbia. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, as exportações brasileiras para o país cresceram 17,3%, somando R$ 2,577 bilhões e foram representadas principalmente pela comercialização de gás propileno e milho.
"As relações econômicas e políticas só têm se expandido nos últimos anos. Os governos dos dois países estão promovendo uma maior ligação econômica e comercial. Uma prova disso foi o acordo assinado entre os países em 2011 para intensificar as relações bilaterais", destacou Daniela.
A parceria promove interação nas áreas de desenvolvimento de pesquisas em biocombustíveis e educação, além do combate à violência e exploração sexual entre outros setores.
Pacificação
A Colômbia também vive melhorias na parte social. Com avanços na guerra contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), os níveis de violência também recuaram.
Segundo a pesquisa "Mapa da Violência: Os Jovens da América Latina", publicada em 2008, pelo Instituto Sangari, entre 2002 e 2005, a taxa de homicídios entre os mais jovens recuou de 142,5 por cada 100 mil habitantes para 73,4 mortes violentas por 100 mil habitantes.
O levantamento destaca que a Colômbia passou a ocupar a segunda posição no ranking da América Latina, superada por El Salvador.
"Sem dúvida há relação entre a diminuição da violência com a melhora dos níveis econômicos. Em um passado não muito distante, qualquer conversa sobre a Colômbia era associada a violência, ao terrorismo e narcotráfico, pouco se sabia sobre a economia do país", ponderou a diretora do Ceiri, Daniela Alves.
Além disso, o atual presidente Juan Manuel Santos, que foi ministro da Defesa, possui a maior aprovação popular da América Latina, com 75%, conforme a última pesquisa do Ibope na região divulgada em novembro de 2011.

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