A mais recente estatística do Instituto de Segurança Pública (ISP) com os números da criminalidade no Rio de Janeiro confirma uma tendência positiva no combate à violência decorrente de ações criminosas no estado. Os cinco primeiros meses de 2012 fecharam com acentuada redução do total de homicídios dolosos, um dos principais termômetros para medir as iniciativas do poder público na área de segurança do cidadão. Com uma queda de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado, registra-se, neste primeiro semestre, a menor taxa de assassinatos com intenção de matar desde o início da série histórica, que começou a ser pesquisada em 1991.
A estes números juntam-se outros para montar um estimulante, ainda que não ideal, perfil estatístico do combate à criminalidade. De acordo com o ISP, esse foi o mês de maio com o menor número de homicídios dolosos desde 1991 (344 casos, contra 368 no mesmo período do ano passado, uma redução de 6,5%). Na capital, a queda foi ainda maior (32%). E o chamado indicador de letalidade violenta (homicídios dolosos, latrocínios, autos de resistência e lesões corporais seguidas de morte) também voltou a cair, assim como o índice de roubos de rua.
Trata-se, sem dúvida, de uma curva que avaliza a política de segurança pública do governo estadual, que vem alcançando significativos avanços no combate à criminalidade. Mas os números precisam ser vistos também à luz da situação global da violência no estado — e, de resto, no país. Apesar dos resultados positivos obtidos na luta contra a violência do banditismo, em geral o quadro atual ainda está aquém do ideal.
O Rio ainda convive com altas taxas de homicídios. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que uma relação acima de dez assassinatos por cem mil habitantes configura um perfil de violência epidêmica. Segundo o boletim do ISP, de janeiro a maio o índice no Rio ficou em 10,9/100 mil, o que aponta para uma relação em torno de 20/100 mil até o fim do ano (alta para os padrões da OMS e para as taxas em torno de 7/100 mil que o Rio registrava na década de 50, mas ainda assim bem menos assustadora que os 62,3 do recorde de 1994). Deve-se considerar também que, isoladamente, aumentaram os registros de outros crimes e que os 344 homicídios de maio representam uma média de quase 13 assassinatos por dia.
Mas, no balanço entre pontos positivos e negativos do perfil captado pelo ISP, o que dá importância crucial ao mais recente levantamento é que ele confirma uma firme tendência de melhoras na curva da criminalidade. Não são vitórias fortuitas sobre o banditismo. Ao contrário, a redução dos índices de violência é fruto de um programa no qual se sobressaem iniciativas como a criação das UPPs, o aumento das medidas de prevenção de crimes, incremento de detenções etc. Manter essa inclinação implica não só consolidar o que se conquistou até agora, mas ter o cuidado de preservar a política de segurança como projeto permanente para o setor. Ou seja, fazer do combate ao crime um programa de Estado, e não de governo, meramente conjuntural. E entender que este é um combate em que armas não são sempre o melhor instrumento de trabalho.
A estes números juntam-se outros para montar um estimulante, ainda que não ideal, perfil estatístico do combate à criminalidade. De acordo com o ISP, esse foi o mês de maio com o menor número de homicídios dolosos desde 1991 (344 casos, contra 368 no mesmo período do ano passado, uma redução de 6,5%). Na capital, a queda foi ainda maior (32%). E o chamado indicador de letalidade violenta (homicídios dolosos, latrocínios, autos de resistência e lesões corporais seguidas de morte) também voltou a cair, assim como o índice de roubos de rua.
Trata-se, sem dúvida, de uma curva que avaliza a política de segurança pública do governo estadual, que vem alcançando significativos avanços no combate à criminalidade. Mas os números precisam ser vistos também à luz da situação global da violência no estado — e, de resto, no país. Apesar dos resultados positivos obtidos na luta contra a violência do banditismo, em geral o quadro atual ainda está aquém do ideal.
O Rio ainda convive com altas taxas de homicídios. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que uma relação acima de dez assassinatos por cem mil habitantes configura um perfil de violência epidêmica. Segundo o boletim do ISP, de janeiro a maio o índice no Rio ficou em 10,9/100 mil, o que aponta para uma relação em torno de 20/100 mil até o fim do ano (alta para os padrões da OMS e para as taxas em torno de 7/100 mil que o Rio registrava na década de 50, mas ainda assim bem menos assustadora que os 62,3 do recorde de 1994). Deve-se considerar também que, isoladamente, aumentaram os registros de outros crimes e que os 344 homicídios de maio representam uma média de quase 13 assassinatos por dia.
Mas, no balanço entre pontos positivos e negativos do perfil captado pelo ISP, o que dá importância crucial ao mais recente levantamento é que ele confirma uma firme tendência de melhoras na curva da criminalidade. Não são vitórias fortuitas sobre o banditismo. Ao contrário, a redução dos índices de violência é fruto de um programa no qual se sobressaem iniciativas como a criação das UPPs, o aumento das medidas de prevenção de crimes, incremento de detenções etc. Manter essa inclinação implica não só consolidar o que se conquistou até agora, mas ter o cuidado de preservar a política de segurança como projeto permanente para o setor. Ou seja, fazer do combate ao crime um programa de Estado, e não de governo, meramente conjuntural. E entender que este é um combate em que armas não são sempre o melhor instrumento de trabalho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário