25 de janeiro de 2012

A educação no Brasil: Mercadante: todos de 4 a 17 anos na escola


25 de janeiro de 2012
Educação no Brasil | O Globo | O País | BR



Novo ministro defende verba do petróleo para Educação, e diz que quer melhorar Enem e atrair talentos para o Brasil
André de Souza
andre.renato@bsb.oglobo.com.br
MUDANÇAS
BRASÍLIA. A transmissão de cargo no Ministério da Educação foi marcada pela defesa das ações do ministério ao longo dos últimos anos, como Prouni e Enem, mas também pelo reconhecimento de que há deficiências e necessidade de mais avanços. Entre as metas citadas pelo novo ministro, Aloizio Mercadante, está o de colocar todas as crianças e adolescentes de 4 a 17 anos na escola até 2016.
- Continuaremos os esforços para que, até 2016, todas as crianças de 4 a 17 anos estejam na escola, conforme determina a Constituição - disse Mercadante.
O novo ministro da Educação também afirmou que lançará um programa para diminuir a defasagem da educação oferecida no campo e defendeu a aplicação de recursos do petróleo em sua área. Mas destacou que, independentemente da ampliação da verba do setor, é preciso ainda melhorar a gestão da educação do Brasil e melhorar a formação de professores.
Em relação ao Enem, marcado pela polêmica e por falhas desde sua ampliação, Mercadante fez questão de defendê-lo. Mas destacou que tomará medidas para melhorá-lo, após consulta com técnicos do ministério e profissionais de fora.
- É o grande instrumento de democratização do acesso ao ensino superior, mediante o Fies, o Prouni, o Sisu e o Ciência Sem Fronteiras. Ele é a vital porta de acesso que tende a igualar.
Segundo Mercadante, apenas após solucionar os problemas da Educação, o Brasil poderá ser considerado um país desenvolvido.
-- O Brasil ainda não é um país desenvolvido. O que é um país desenvolvido? Existem muitas variáveis. A principal variável para mim é a Educação. Um país desenvolvido é aquele capaz de prover educação universal de qualidade.
Uma das medidas para alcançar esse objetivo passará pela atração de talentos estrangeiros e de ganhadores de prêmio Nobel.
- Nosso objetivo não é exportar cérebros, como ocorria no passado, mas atrair talentos -- disse ele.
Fernando Haddad, o ex-ministro que deu lugar a Mercadante, elogiou as medidas tomadas nos últimos anos pela pasta. Segundo ele, ações como substituição do vestibular pelo Enem e adoção do piso nacional de educação despertaram polêmicas, mas foram construídas pelo diálogo:
- O que mais me diziam era a pergunta: mas isso não vai trazer desgaste? O senhor vai acabar com o vestibular? Isso é um desgaste. Vai acabar com o Sistema S? É um desgaste. Vai brigar com os governadores pelo piso nacional? É desgaste. Mas nós, como educadores, não tememos o desgaste - disse.

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