Folha de S.Paulo,5/7/2012
RIO DE JANEIRO - A taxa de homicídios, principal indicador de violência, é alta no Brasil (26,2 por cem mil habitantes). Essa média, no entanto, parou de crescer em 2003.
A taxa vem caindo em alguns Estados, como São Paulo e Rio, e sobe em outros, como Alagoas.
O encarceramento -que, como as mortes violentas, afeta mais os pobres e jovens- triplicou em 20 anos, chegando a 269 por cem mil habitantes. Boa parte do aumento deveu-se à repressão a traficantes do varejo.
Iniciativas bem-sucedidas para reduzir a insegurança, como a das UPPs no Rio, baseiam-se na conclusão de que é inviável acabar com as drogas. Seu objetivo é reduzir a violência do tráfico, sem a pretensão de eliminá-lo.
A realidade, portanto, é mais complexa do que sugerem leitores que demonstram, em cartas ao jornal, aprovação das execuções públicas no Irã e pedem mão dura no combate à criminalidade aqui.
Professores das universidades federais estão em greve há quase dois meses, sem que ninguém, nem o governo, preste atenção. O movimento pede um plano nacional de cargos e salários. Argumenta que não houve valorização da carreira correspondente à expansão das instituições.
A reivindicação soa justa, mas a paralisação é estranha. Os professores recebem salários e mantêm atividades de pesquisa. Alunos da graduação são os mais prejudicados. Grevistas dizem ter apoio dos estudantes, mas estes não pressionam as autoridades. O MEC está parado. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário