Na avaliação do secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação, André Lázaro, a educação precisa ser vista como direito a ser garantido e que dá acesso à cidadania. Ele defendeu a oferta da educação ao longo da vida. Essa é a visão, informou, dos Estados Unidos e dos países europeus. No entanto, segundo ele, alguns países da América latina e da África ainda entendem a educação de jovens e adultos (EJA) como um sistema de alfabetização ou suplemento da escolaridade não cursada na idade devida.
- Precisamos levar esse direito a quem precisa deles. O cerne da questão é entender a necessidade de uma educação ao longo da vida - apelou o secretário.
O documento final do Confintea apresenta não apenas os compromissos assumidos entre os países, disse o consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Neroaldo Pontes de Azeredo. Nele estão expressos também as dificuldades e os desafios e serem enfrentados. Um desses desafios, disse, é "sair da retórica para a ação".
Para Neroaldo Azeredo, o Marco de Ação de Belém é um documento de Estado e não de governo. Ele sugeriu audiências públicas nas assembléias legislativas e nas câmaras municipais para apresentar à sociedade o teor do texto. Também recomendou aos candidatos aos cargos eletivos a inclusão em suas propostas das decisões da Confintea.
A presidente da CE, senadora Fátima Cleide (PT-RO), que propôs a audiência pública, informou que o documento estará disponível na página da comissão.
Também o vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, Leôncio José Gomes Soares, defendeu o debate do tema nos estados e municípios para que as propostas da conferência não se percam. Ele disse que a educação de jovens e adultos poderá contribuir com o desenvolvimento econômico, bem como oferecer mais qualidade de vida às pessoas.
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), defendeu parcerias entre a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), os sindicatos rurais e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para elaboração de políticas educacionais dirigidas à zona rural - onde há maior índice de analfabetos e de baixa escolaridade. A senadora também sugeriu que o poder público informe às pessoas que elas têm direito a receber educação ao longo da vida.
Agencia Senado
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