25 de julho de 2010

Teach for America

Depois de projeto, participantes continuam na área da educação
DO RIO
Nos EUA e demais países onde foi implementado, um dos resultados do "Teach for America" e de suas versões locais foi ter levado jovens talentosos para a sala de aula.

Muitos deles acabaram se tornando professores ou continuaram trabalhando com educação em suas carreiras.

O programa, no entanto, também gerou críticas de sindicatos, especialmente quando jovens recrutados pelo programa assumiam o papel de professores.

Tomas Recart, coordenador do programa no Chile, conta também que, inicialmente, houve ceticismo.

"Há desesperança, até por conta de programas que já foram tentados e não deram resultados. Mas todo professor quer ver seu aluno aprendendo. Quando percebe que pode trocar experiências e melhorar práticas em sala de aula, o olhar muda", diz.

Segundo Recart, uma característica importante dessas iniciativas é não passar a ideia de que esses jovens chegarão às escolas para ensinar aos professores ou mostrar que são melhores.

"E os profissionais que já estão hoje em sala de aula também se beneficiam da troca com gente que chega com novas ideias", diz ele.

O programa chileno tem apenas dois anos. Uma avaliação feita pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) ainda não identificou melhoria nas notas, mas foi possível perceber mudança de mentalidade. O BID fará também a avaliação do programa no Brasil.

"Os alunos que se achavam limitados passaram a acreditar mais em seu potencial. Acreditamos que, na segunda rodada de avaliação, já perceberemos efeitos no aprendizado. Um indicativo de que isso deve acontecer é que os diretores me pediram mais jovens do programa para suas escolas", diz Recart.

ORIGEM

Nos Estados Unidos, berço da iniciativa, o "Teach for America" já recrutou 28 mil jovens desde 1990.

O programa surgiu a partir do trabalho de conclusão de curso de Wendy Kopp.

Aos 21 anos, ela conseguiu arrecadar US$ 2,5 milhões para iniciar o projeto, que se expandiu rapidamente. O "Teach for All", braço internacional, surgiu após a demanda de vários países em implementar o programa.

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