20 de setembro de 2011 Educação no Brasil | O Globo | O País | BR Prova que equivale a 50% da nota do aluno teria afetado desempenho de SP no ranking do país Sérgio Roxo sergio.roxo@sp.oglobo.com.br SÃO PAULO. Especialistas em Educação defendem que a prova de redação permaneça com 50% de peso na nota total do aluno no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), como no modelo atual. O sistema, para representantes de escolas privadas, teria prejudicado o desempenho de São Paulo no ranking do país. - A redação não é uma disciplina à parte, como Português, Matemática e História. É um espaço de síntese do conhecimento do conjunto das demais disciplinas - diz Fernando Almeida, professor de pós-graduação em Educação da PUC-SP. Maria Marcia Malavasi, professora da Faculdade de Educação da Unicamp, concorda com a avaliação: - A redação é uma forma muito interessante de captar as várias habilidades do estudante. Permite conhecer os sinais de formação humana, verificar o conhecimento de linguagem das formas gramaticais. Para a professora da Unicamp, o peso dado à redação é importante porque permite sair do modelo "do certo e errado". Já Carlos Eduardo Bindi, diretor do Grupo Etapa, uma das principais redes de escolas e cursos pré-vestibulares de São Paulo, critica o modelo: - O uso de uma prova de 30 linhas sobrepondo-se a todas as outras, que representam o conhecimento que a pessoa estuda ao longo de todo o período escolar, é um problema. Bindi diz que o aluno gasta cerca de 10% do tempo reservado para fazer o Enem com a redação. Por isso, o peso deveria ser menor. Ele destaca ainda que as universidades dão pesos variados para a nota da redação ao avaliar a nota do Enem. Um outro ponto criticado pelo diretor do Grupo Etapa é o critério de correção: - Há um problema sério de subjetividade. Os especialistas rebatem: - Isso é facilmente resolvido quando você tem uma boa equipe de corretores. A redação jamais poderá ser corrigida por uma só pessoa - analisa Maria Marcia Malavasi. Para Fernando Almeida, a possível subjetividade não deve ser vista como um problema: - A vida não é objetiva. Em qualquer futura candidatura desse jovem a um posto (de trabalho), ele sempre será avaliado por critérios subjetivos. |
20 de setembro de 2011
Especialistas aprovam peso da redação no Enem
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jorge werthein
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08:57
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