24 de janeiro de 2012
O Estado de S. Paulo | Vida | BR
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Mariana Mandelli Paulo Saldaña
Uma maior democratização do acesso ao ensino superior e o orçamento recorde- a projeção para 2012 é de R$85 bilhões -são as duas maiores marcas da gestão Haddad no MEC,segundo educadores.
Para eles, o saldo dos últimos sete anos é positivo, apesar das seguidas falhas nas últimas três edições do Enem e dos avanços lentos na educação básica.
"Os indicadores nacionais permitem ver o avanço da educação sem nenhuma postura subjetiva.
Desde orçamento, porcentual de alunos que finalizaram o ensino fundamental e até a melhora no ensino médio, que ainda tem deficiências", afirma o educador Jorge Werthein, ex-diretor do escritório da Unesco no Brasil."O País teve muitos avanços também no ensino superior.
O Programa Universidade para Todos (ProUni) é um exemplo, acompanhado da maior oferta de vagas em federais." Os números referentes à expansão de vagas e matrículas em faculdades e universidades na gestão Haddad são frutos de projetos como o ProUni, que já concedeu1milhãodebolsas, e o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), criado em 2007.Desde então,foram criadas 14 instituições e mais de 100 câmpus. A previsão do MEC é de que em 2012 o total de vagas oferecidas por essas instituições chegue a 234 mil - quase o dobro de antes do Reuni.
Antes crítica da política de bolsas, a União Nacional do Estudantes( UNE)agora vê a medida bons olhos."Esse1milhãodebolsas significa um acesso à universidade por uma parcela da população muito humilde", afirma o presidente Daniel Iliescu. "No entanto, os ressaltamos que os esforços ainda são muito insuficientes perto das demandas." Base. Para os especialistas, a matrícula obrigatória dos 4 aos 17 anos e o Plano de Desenvolvimento da Educação( PDE)estão entre as melhorias apontadas na educação básica. "O ensino fundamental de 9 anos também foi uma boa opção", diz Vera Masagão Ribeiro, da Ação Educativa.
No entanto,para os especialistas, alguns gargalos ainda persistem.
"O ensino médio eo ensino infantil ainda são pontos cruciais", afirma Wanda Engel, do Instituto Unibanco. Ela destaca que a consolidação das avaliações do ensino básico foi um dos ganhos do governo.
Daniel Cara,da Campanha Nacional Pela Educação, critica o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). "Ele precisa ser revisto porque dá uma visão distorcida da realidade.
Não é um índice pronto para subsidiar políticas públicas", diz.
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