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RIO - Noventa escolas estaduais passarão a contar a partir do mês que vem com o reforço de policiais militares, que atuarão armados não só nos arredores dos colégios, como também dentro das unidades. Os 450 PMs que trabalharão fardados, mas em seus horários de folga, já foram selecionados: a Secretaria de Educação investirá cerca de R$ 2 milhões por mês para contar com o patrulhamento extra. Na quarta-feira, será assinado o convênio com a Secretaria de Segurança que ratifica a parceria.
A lista das 90 unidades que serão beneficiadas com o projeto — parte do Programa Estadual de Integração de Segurança (Proeis) — foi elaborada pela Secretaria de Educação, a partir de queixas de pais e diretores de escolas. Os problemas apontados vão de invasão para uso de quadras esportivas e piscinas a consumo de drogas no pátio, passando por ocorrências de brigas entre alunos, furtos e roubos. A estimativa é que sejam beneficiados mais de 115 mil alunos e 6.200 professores.
Cerca de 1.500 policiais se inscreveram para a primeira fase do Proeis na Secretaria de Educação. Se a experiência der certo, há possibilidade de expansão do projeto nos próximos meses. A rede estadual tem atualmente 1.447 escolas. O trabalho dos PMs, que devem agir em dupla na maioria das unidades, será basicamente preventivo. Eles não atuarão como inspetores nos colégios, que já contam com porteiro e vigia desarmado. Também não haverá revista de estudantes, a não ser que haja alguma denúncia específica sobre a presença de armas.
Patrulhamento pode ser 24 horas
De acordo com o secretário de Educação, Wilson Risolia, a presença dos policiais na comunidade escolar deve contribuir para a redução ou mesmo extinção de problemas nas próprias unidades e também no entorno, como o bullying e a desorganização do trânsito nos horários de entrada e saída dos alunos:
— Não são PMs para atuar na escola somente, mas também nos arredores, pois o momento que a segurança do Rio está vivendo permite criar esse laço com a comunidade.
Algumas escolas terão até patrulhamento 24 horas, com policiais se dividindo em três turnos de serviço. Serão beneficiadas tanto unidades na capital quanto na Região Metropolitana. No Complexo do Alemão, que passa atualmente pelo processo de implementação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o Colégio Estadual Tim Lopes terá a presença de PMs. Em novembro do ano passado, a unidade, que foi inaugurada em 2010, teve computadores furtados após quatro salas terem sido arrombadas.
O Proeis tem atualmente 3.452 policiais trabalhando em 14 instituições conveniadas, como Light, SuperVia, Prefeitura do Rio, Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio (Codin), entre outros. Há previsão de fechamento de mais 14 convênios a partir do segundo semestre deste ano, totalizando 6.434 PMs inseridos no programa.
O policial inserido no Proeis ganha a cada turno de oito horas a quantia de R$ 200, se for oficial, e R$ 150, se for praça. Cada PM que adere ao programa pode trabalhar até 12 turnos em um período de 30 dias para que suas funções no batalhão não sejam prejudicadas e, ao mesmo tempo, ele não sofra de estafa.
Uma pesquisa feita pela Universidade Federal Fluminense (UFF), entre 2010 e 2011, em 13 escolas públicas e particulares do Rio, e 40 de Niterói e São Gonçalo, identificou a ocorrência de casos de violência em 68% das instituições. Quando perguntados especificamente sobre questões ligadas à violência na sala de aula, 53% dos entrevistados disseram apenas existir algum tipo dela; 11% afirmaram que a incidência de casos violentos é alta, e 31% declararam que há violência, mas que é baixa.
A lista das 90 unidades que serão beneficiadas com o projeto — parte do Programa Estadual de Integração de Segurança (Proeis) — foi elaborada pela Secretaria de Educação, a partir de queixas de pais e diretores de escolas. Os problemas apontados vão de invasão para uso de quadras esportivas e piscinas a consumo de drogas no pátio, passando por ocorrências de brigas entre alunos, furtos e roubos. A estimativa é que sejam beneficiados mais de 115 mil alunos e 6.200 professores.
Cerca de 1.500 policiais se inscreveram para a primeira fase do Proeis na Secretaria de Educação. Se a experiência der certo, há possibilidade de expansão do projeto nos próximos meses. A rede estadual tem atualmente 1.447 escolas. O trabalho dos PMs, que devem agir em dupla na maioria das unidades, será basicamente preventivo. Eles não atuarão como inspetores nos colégios, que já contam com porteiro e vigia desarmado. Também não haverá revista de estudantes, a não ser que haja alguma denúncia específica sobre a presença de armas.
Patrulhamento pode ser 24 horas
De acordo com o secretário de Educação, Wilson Risolia, a presença dos policiais na comunidade escolar deve contribuir para a redução ou mesmo extinção de problemas nas próprias unidades e também no entorno, como o bullying e a desorganização do trânsito nos horários de entrada e saída dos alunos:
— Não são PMs para atuar na escola somente, mas também nos arredores, pois o momento que a segurança do Rio está vivendo permite criar esse laço com a comunidade.
Algumas escolas terão até patrulhamento 24 horas, com policiais se dividindo em três turnos de serviço. Serão beneficiadas tanto unidades na capital quanto na Região Metropolitana. No Complexo do Alemão, que passa atualmente pelo processo de implementação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o Colégio Estadual Tim Lopes terá a presença de PMs. Em novembro do ano passado, a unidade, que foi inaugurada em 2010, teve computadores furtados após quatro salas terem sido arrombadas.
O Proeis tem atualmente 3.452 policiais trabalhando em 14 instituições conveniadas, como Light, SuperVia, Prefeitura do Rio, Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio (Codin), entre outros. Há previsão de fechamento de mais 14 convênios a partir do segundo semestre deste ano, totalizando 6.434 PMs inseridos no programa.
O policial inserido no Proeis ganha a cada turno de oito horas a quantia de R$ 200, se for oficial, e R$ 150, se for praça. Cada PM que adere ao programa pode trabalhar até 12 turnos em um período de 30 dias para que suas funções no batalhão não sejam prejudicadas e, ao mesmo tempo, ele não sofra de estafa.
Uma pesquisa feita pela Universidade Federal Fluminense (UFF), entre 2010 e 2011, em 13 escolas públicas e particulares do Rio, e 40 de Niterói e São Gonçalo, identificou a ocorrência de casos de violência em 68% das instituições. Quando perguntados especificamente sobre questões ligadas à violência na sala de aula, 53% dos entrevistados disseram apenas existir algum tipo dela; 11% afirmaram que a incidência de casos violentos é alta, e 31% declararam que há violência, mas que é baixa.
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