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O debate sobre o futuro do planeta tem muito de assustador. As análises científicas sobre mudanças climáticas e degradação ambiental deixam vislumbrar o Apocalipse logo ali, na próxima esquina. Enquanto isso, o grau de sucesso das inúmeras reuniões e conferências sobre o assunto leva a crer que os líderes mundiais, com raras exceções, lutam com unhas e dentes para que nada mude, como numa roleta russa mundial.À medida em que se aceleram os preparativos para a Rio+20, em junho, essas sensações parecem mais evidentes. Mas aumenta também o senso de urgência para que se inicie, finalmente, uma ação coordenada e responsável que rompa impasses, quebre paradigmas, nocauteie o desânimo e permita a todos os envolvidos na batalha pela defesa do planeta, ao menos, um suspiro de alívio.
Como lembrou o ministro Gilberto Carvalho, o mundo acabaria se todos passassem a consumir nos mesmos padrões dos muito ricos. Ele evitou usar países ricos — um avanço. Hoje vastas camadas da população, sobretudo nos emergentes, também consomem como ricos que são. É positivo deixar-se de lado o jogo de empurra entre países ricos e em desenvolvimento, embora na prática este continue sendo um dos grandes entraves ao consenso sobre o que deve ser feito.
Numa reunião preparatória para a Rio+20, o senador Cristovam Buarque diagnosticou: “Cada chefe de Estado quer dar uma solução ao seu problema e não ao do planeta”. Isto precisa mudar, sob pena de responsabilidade diante das próximas gerações. Tem razão o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, para quem o recurso mais escasso para a implementação do desenvolvimento sustentável “não é dinheiro, mas coordenação.”
A opinião foi reforçada pela ministra da Cooperação para o Desenvolvimento Internacional da Suécia, Gunilla Carlsson: “Há um senso de urgência de que precisamos nos comportar de forma mais responsável, para ter mais sustentabilidade tanto econômica quanto social. Os últimos anos de crises, pobreza persistente, mudanças climáticas e instabilidade financeira mostram que é preciso que os líderes se juntem e concordem que temos que resolver as coisas em conjunto.”
A forte crise econômica que o mundo atravessa não é desculpa para a inação. Até porque deve servir de motor de arranque para o início das transformações necessárias ao desenvolvimento sustentável, isto é, aquele que melhore a vida das populações mas também preserve os recursos naturais. O mundo está diante talvez de sua maior oportunidade de usar o espetacular avanço tecnológico das últimas décadas para resolver impasses aparentemente insolúveis. No caso brasileiro, alguns estranham que o país fale em desenvolvimento sustentável enquanto investe pesadamente na produção de petróleo. Esse é o papel da tecnologia: viabilizar, por exemplo, a exploração do pré-sal com um mínimo de dano ambiental.
Mas pouco será conseguido se não houver, junto com conferências e compromissos globais, uma mudança comportamental de todos. Conforme disse ao GLOBO o fotógrafo francês Yann Arthus-Bertrand, “precisamos de amor ao próximo, de uma verdadeira revolução espiritual, que nada tem a ver com religião e, sim, com a ética. As pessoas precisam mudar a forma como pensam e vivem”.
Como lembrou o ministro Gilberto Carvalho, o mundo acabaria se todos passassem a consumir nos mesmos padrões dos muito ricos. Ele evitou usar países ricos — um avanço. Hoje vastas camadas da população, sobretudo nos emergentes, também consomem como ricos que são. É positivo deixar-se de lado o jogo de empurra entre países ricos e em desenvolvimento, embora na prática este continue sendo um dos grandes entraves ao consenso sobre o que deve ser feito.
Numa reunião preparatória para a Rio+20, o senador Cristovam Buarque diagnosticou: “Cada chefe de Estado quer dar uma solução ao seu problema e não ao do planeta”. Isto precisa mudar, sob pena de responsabilidade diante das próximas gerações. Tem razão o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, para quem o recurso mais escasso para a implementação do desenvolvimento sustentável “não é dinheiro, mas coordenação.”
A opinião foi reforçada pela ministra da Cooperação para o Desenvolvimento Internacional da Suécia, Gunilla Carlsson: “Há um senso de urgência de que precisamos nos comportar de forma mais responsável, para ter mais sustentabilidade tanto econômica quanto social. Os últimos anos de crises, pobreza persistente, mudanças climáticas e instabilidade financeira mostram que é preciso que os líderes se juntem e concordem que temos que resolver as coisas em conjunto.”
A forte crise econômica que o mundo atravessa não é desculpa para a inação. Até porque deve servir de motor de arranque para o início das transformações necessárias ao desenvolvimento sustentável, isto é, aquele que melhore a vida das populações mas também preserve os recursos naturais. O mundo está diante talvez de sua maior oportunidade de usar o espetacular avanço tecnológico das últimas décadas para resolver impasses aparentemente insolúveis. No caso brasileiro, alguns estranham que o país fale em desenvolvimento sustentável enquanto investe pesadamente na produção de petróleo. Esse é o papel da tecnologia: viabilizar, por exemplo, a exploração do pré-sal com um mínimo de dano ambiental.
Mas pouco será conseguido se não houver, junto com conferências e compromissos globais, uma mudança comportamental de todos. Conforme disse ao GLOBO o fotógrafo francês Yann Arthus-Bertrand, “precisamos de amor ao próximo, de uma verdadeira revolução espiritual, que nada tem a ver com religião e, sim, com a ética. As pessoas precisam mudar a forma como pensam e vivem”.
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