27 de abril de 2012

Secretário-geral da UNCTAD defende protecionismo verde


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O secretário-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), Supachai Panitchpadki, defendeu, em Doha, durante evento preparatório para a cúpula da Rio+20, que o comércio internacional seja o motor para expandir a demanda e o fornecimento de bens e serviços sustentáveis. De acordo com Panitchpadki, poderia ser estimulado um “protecionismo” verde, criando-se um novo espaço institucional, longe das disputas e negociações de mercado. A iniciativa, segundo ele, poderia se chamar Forum do Comércio Internacional e da Economia Verde. Um outra possibilidade seria assistir no devenvolvimento de países que optassem pelas oportunidades de comércio que incentivassem o crescimento global da economia verde, no sentido de ajudá-los a identificar as oportunidades mais promissoras de exportação sustentável.
Segundo Supachai, enquanto os mercados podem ajudar na estruturação de transforações necessárias para a transição para a economia verde, o papel dos governantes é essencial na regulação e suporte da indústria nacional.
- Não existe uma fórmula para alcançar a transição. Cada país deve definir seu caminho para a para a economia verde. O comércio pode estimular a difusão da tecnologia para a energia limpa ao transmitir as preferências das empresas e dos consumidores - afirmou.
A questão crítica apontada por palestrantes do fórum foi como o crescimento econômico pode ser atingido sem aumentar os riscos ambientais, a escassez dos recursos, as disparidade sociais e a pobreza. Os participantes descreveram as negociações preparatórias para a Rio+20 como desafiadoras porque os países têm capacidades diferentes de realizarem a transição para uma economia mais igualitária e sustentável. Nas discussões, foi colocado que enquanto a maioria dos governantes estão otimistas com relação aos benefícios possíveis de serem atingidos, outros se mostram preocupados com as desvantagens competitivas e com os possíveis obstáculos financeiros e sociais que vão se intensificar com a transição para a economia verde.

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