22 de julho de 2012

Revolução na Educação


Diario de Pernambuco, 22/7/2012

A educação brasileira está passando nos últimos anos por uma revolução, dando espaço para jovens pobres ingressarem nas universidades e competirem em igual condição no mercado de trabalho. Como diria o nosso presidente Lula, "nunca antes na história desse país" um adolescente oriundo de família carente poderia sonhar em sentar num banco universitário e um dia levar pra casa um diploma de nível superior. Graças ao ProUni, Programa Universidade para Todos, jovens das periferias estão sendo inseridos no ensino superior, aprendendo uma profissão e transformando a condição socioeconômica de milhares de famílias. No segundo semestre deste ano, o Congresso Nacional estará debatendo, entre outros temas de relevância nacional, o Plano Nacional de Educação. O PNE vai definir as metas para a evolução na educação até o ano de 2020. São 20 metas que cobrem todos os níveis de ensino, desde o infantil até a pós-graduação.
O Plano inclui ainda a valorização dos profissionais da educação e a erradicação do analfabetismo. Para isso, claro, será preciso ampliar os investimentos no setor. A proposta encaminhada pelo Ministério da Educação à Comissão Especial da Câmara dos Deputados que discute o assunto previa a ampliação progressiva do investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do PIB do país. Graças à pressão da sociedade civil, o patamar a ser aprovado subiu para 10%. Esses investimentos, além de serem destinados à formação de professores, deverão também proporcionar escolas com condições adequadas para o acolhimento de estudantes e profissionais. Ambiente adequado é importante para o aprendizado. Temos agora, em pleno século 21, a chance de recuperar uma dívida histórica e assim consolidarmos verdadeiramente a nossa democracia, promovendo justiça social e cidadania por meio da educação.
Embora haja ainda muito a se fazer, temos avanços a comemorar, principalmente quando nos comparamos a outros países. A educação brasileira evoluiu 33 pontos nos exames do Pisa - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - realizados entre 2000 e 2009, segundo o Ministério da Educação. Apenas o Chile e Luxemburgo avançaram mais no mesmo período. Na tabela geral, o Brasil está na 53ª posição entre os 65 países avaliados. Com as medidas implementadas nos últimos anos e com o aumento progressivo dos investimentos, com certeza em pouco tempo melhoraremos essa posição. E em condições antes nunca imaginadas. Um exemplo é o programa Ciência sem Fronteiras, que vai levar 101 mil estudantes brasileiros ao exterior, num investimento de R$ 5 bilhões até 2015 em bolsas de estudo. Já temos parcerias firmadas com vários países, que oferecem vagas em suas escolas, e com empresas, para oferta de estágios.
Com o Ciência sem Fronteiras, estamos investindo na formação e na qualificação de jovens para o nosso país avançar cada vez mais. Se almejamos uma sociedade mais justa, igualitária, desenvolvida e sustentável, temos que iniciar essa transformação social pela escola, oferecendo merenda escolar balanceada, acompanhamento psicopedagógico, bibliotecas, laboratórios, informática e inovação tecnológica, práticas esportivas e tudo o que é necessário para o bom desenvolvimento do estudante. Esta é a escola que desejamos para os nossos filhos, para os nossos netos, para todos os brasileiros, independente da região em que residam ou a que nível social pertençam.

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