Pesquisa mostra que etapa com 14 milhões de alunos não é foco de políticas públicas
DE SÃO PAULO
Etapa com 14 milhões de alunos, os anos finais do ensino fundamental estão num "limbo", quase sem políticas e pesquisas. Essa é a conclusão de trabalho da Fundação Carlos Chagas, feita a pedido da Fundação Victor Civita.
O estudo analisou normas e programas específicos do 6º ao 9º ano do fundamental.
No âmbito da União, os pesquisadores encontraram só uma política com o foco, de capacitação de docentes.
A conclusão do trabalho é que o país prioriza os primeiros anos do fundamental, especialmente a alfabetização -que conta com diversos programas de capacitação de professores, melhoria de livros, entre outras ações.
Dados do MEC reforçam a tese de que os primeiros anos do fundamental estão mais bem atendidos.
No Ideb (índice que contabiliza desempenho dos alunos e taxas de aprovação), a etapa inicial aumentou 1,2 ponto em seis anos, numa escala até 10. Já os anos finais avançaram apenas 0,6.
"É o momento que o aluno passa a ter vários professores. Nem ele nem a escola estão preparados", afirma Angela Dannemann, diretora da Fundação Victor Civita.
Secretário de Educação Básica do ministério, Cesar Callegari, nega que a etapa esteja "esquecida". Diz que há programas como o Mais Educação, que financia escolas que aumentem a jornada escolar; e a criação de diretrizes curriculares, em 2010.
Folha de S. Paulo, 30/8/2012
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