05.maio.2014 19:43:19,Estado de São Paulo,
O número de alunos de ensino a distância (EAD) nas universidades federais teve um salto três vezes maior do que o registrado no ensino presencial. A comparação é desde 2007, quando teve início o programa de expansão na rede, o Reuni, e as matrículas na rede começaram a crescer.
Dados do Censo do Ensino Superior de 2013, obtidos com exclusividade pela reportagem, mostram que havia no ano passado 82.768 alunos em EAD em cursos de graduação das federais (de um total de 1,009 milhão). Entre 2007 e 2013, as matrículas no ensino a distância cresceram 224%, diante de um salto de 60% das matrículas presenciais.
Apesar do aumento dos últimos anos, as matrículas em EAD tiveram queda de 6,5% com relação a 2012 – quando havia 88.511 alunos matriculados na modalidade.
Matrículas | EAD | Presenciais |
2007 | 25552 | 578536 |
2008 | 52126 | 600772 |
2009 | 73186 | 696693 |
2010 | 85788 | 763891 |
2011 | 87241 | 842606 |
2012 | 88511 | 885716 |
2013 | 82768 | 926746 |
*Apenas cursos de graduação nas universidades federais. Dados de 2013 ainda são preliminares. FONTE: MEC
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) já planeja ampliar vagas na modalidade (leia no post abaixo). O próprio ministro da Educação, Henrique Paim, vê com bons olhos a iniciativa. “É natural (vislumbrar o aumento de vagas EAD na rede federal). A tendência mundial é aumento na educação a distância”, disse o ministro em entrevista feita em São Paulo na última sexta-feira.
Os cursos EAD nas federais têm sido focados na formação de professores. O MEC vê a rede como referência para expansão desse tipo de curso. A pasta tem cautela com relação à qualidade dos cursos não presenciais – associada, segundo o ministro Paim, à própria capacidade do MEC de regula-los. “Por isso defendemos a criação do Insaes”, diz o ministro, referindo-se ao projeto de criação do Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior, em análise na Câmara.
O Insaes foi proposto pelo governo em 2012 para avaliar e regular o ensino superior no país. A entidade seria responsável por funções hoje realizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep).
Paulo Saldanha
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