Contrariando a lei, proselitismo religioso é comum em escolas públicas do País
28 de maio de 2011
Ângela Lacerda (Recife), Evandro Fadel (Curitiba) e Marcelo Portela (Belo Horizonte) - O Estado de S.Paulo
Os alunos da escola municipal Dom Hélder Câmara, no Recife, rezam diariamente o Pai Nosso antes de entrarem nas salas de aula. A rotina é cumprida no pátio da escola que tem, na entrada, um crucifixo na parede e um cartaz com foto do arcebispo católico que morreu em 1999, aos 90 anos. O prédio onde funciona a escola foi cedido à prefeitura pela Irmandade das Almas do Recife. Uma capela faz parte do imóvel, mas, segundo a diretora Lucila Araújo, ela não é usada por professores e alunos. "Em sala de aula ninguém prega uma religião", diz Lucila.
Leo Caldas/AE
Devoção. Foto de D.Hélder em escola pública no Recife
O caso mostra que, embora a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) proíba o proselitismo nas escolas públicas, na prática, ele persiste, por tradição ou desconhecimento, em todo o País.
Em Curitiba, o Colégio Estadual Santa Cândida, administrado pelas Irmãs Franciscanas da Sagrada Família, tem capela, crucifixos, aula de religião e orações diárias. A página do colégio na internet destaca imagens de Santa Cândida, além de orações. Apesar de pública, o site diz que a escola "fundamenta seus princípios educacionais nos valores do Evangelho".
Em Belo Horizonte, a Escola Municipal Governador Carlos Lacerda funciona em um terreno doado por uma congregação religiosa. Os estudantes convivem diariamente com uma gruta com a imagem de uma santa, instalados no pátio da instituição. O diretor Wagner José Gomes Barbosa afirma que "toda escola pública é laica" e diz que a gruta com a imagem já existia antes da construção da escola.
Para assegurar a neutralidade, Barbosa diz que, nas formaturas do ensino médio, é realizado um culto ecumênico: "Chamamos um pastor evangélico, um espírita e um padre, além de quaisquer outras religiões que queiram participar."
28 de maio de 2011
Ângela Lacerda (Recife), Evandro Fadel (Curitiba) e Marcelo Portela (Belo Horizonte) - O Estado de S.Paulo
Os alunos da escola municipal Dom Hélder Câmara, no Recife, rezam diariamente o Pai Nosso antes de entrarem nas salas de aula. A rotina é cumprida no pátio da escola que tem, na entrada, um crucifixo na parede e um cartaz com foto do arcebispo católico que morreu em 1999, aos 90 anos. O prédio onde funciona a escola foi cedido à prefeitura pela Irmandade das Almas do Recife. Uma capela faz parte do imóvel, mas, segundo a diretora Lucila Araújo, ela não é usada por professores e alunos. "Em sala de aula ninguém prega uma religião", diz Lucila.
Leo Caldas/AE
Devoção. Foto de D.Hélder em escola pública no Recife
O caso mostra que, embora a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) proíba o proselitismo nas escolas públicas, na prática, ele persiste, por tradição ou desconhecimento, em todo o País.
Em Curitiba, o Colégio Estadual Santa Cândida, administrado pelas Irmãs Franciscanas da Sagrada Família, tem capela, crucifixos, aula de religião e orações diárias. A página do colégio na internet destaca imagens de Santa Cândida, além de orações. Apesar de pública, o site diz que a escola "fundamenta seus princípios educacionais nos valores do Evangelho".
Em Belo Horizonte, a Escola Municipal Governador Carlos Lacerda funciona em um terreno doado por uma congregação religiosa. Os estudantes convivem diariamente com uma gruta com a imagem de uma santa, instalados no pátio da instituição. O diretor Wagner José Gomes Barbosa afirma que "toda escola pública é laica" e diz que a gruta com a imagem já existia antes da construção da escola.
Para assegurar a neutralidade, Barbosa diz que, nas formaturas do ensino médio, é realizado um culto ecumênico: "Chamamos um pastor evangélico, um espírita e um padre, além de quaisquer outras religiões que queiram participar."
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