26 e maio de 2011
Brasil Econômico | DESTAQUE | BR
CONTEXTO
Por mais que experiências regionais como a de Manaus sejam bem-sucedidas, sem uma política pública de incentivos aos investimentos em inovação não haverá mudança no cenário nacional.
"O Brasil não precisa da inovação porque tem outras atividades, especialmente de extração, que suprem sua economia no curto prazo. Seria preciso haver uma Camex (Câmara de Comércio Exterior) para a inovação deslanchar", diz Antônio Britto, presidente da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), expondo a necessidade de centralização das atividades relacionadas ao impulso à inovação em um só lugar.
"Sem política pública não se tem inovação no chão da fábrica, que é onde, de fato, ela se dá. Falta um projeto claro que incentive o empresário a investir", afirma Isa Assef, presidente da Abipti.
Segundo ela, seria importante, por exemplo, o Brasil conduzir suas políticas de inovação de acordo com as prioridades do país, destacando temas como pré-sal e biodiversidade. "Por que não dar isenção fiscal a quem investe emeducação?" Para Gustavo Kesselring, da consultoria Vis Research, especializada em inovação em biomedicina, o Brasil tem que tomar a decisão política de querer inovar. "Só assim será possível criar condições jurídicas, tributárias e regulatória para que a inovação se desenvolva", diz. Sem essas iniciativas, explica, o país continuará contando apenas com ações isoladas que, para serem aplicadas, esbarram na burocracia.
O investimento brasileiro em pesquisa e inovação é de 1,4% do PIB, cerca de R$ 42 bilhões, segundo oMinistério da Ciência e Tecnologia. O Japão, por exemplo, investe 3,44% do PIB. A questão é que os investimentos no Brasil têm crescido, mas a passos demasiadamente lentos. Em 2009, a participação foi de 1,2% do PIB, e em 2008, de 1,1%. A expectativa do governo era de quem ao fim de 2010, ano que encerrou o Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional (Pacti), o percentual chegasse a 1,65%, puxado principalmente pelo aumento da participação do setor privado, hoje em 0,5%. A meta não foi cumprida. Procurado, o Ministério da Ciência e Tecnologia não respondeu à solicitação de entrevista. C.B.
"O Brasil não precisa da inovação porque tem outras atividades, especialmente de extração, que suprem sua economia no curto prazo. Seria preciso haver uma Camex (Câmara de Comércio Exterior) para a inovação deslanchar", diz Antônio Britto, presidente da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), expondo a necessidade de centralização das atividades relacionadas ao impulso à inovação em um só lugar.
"Sem política pública não se tem inovação no chão da fábrica, que é onde, de fato, ela se dá. Falta um projeto claro que incentive o empresário a investir", afirma Isa Assef, presidente da Abipti.
Segundo ela, seria importante, por exemplo, o Brasil conduzir suas políticas de inovação de acordo com as prioridades do país, destacando temas como pré-sal e biodiversidade. "Por que não dar isenção fiscal a quem investe emeducação?" Para Gustavo Kesselring, da consultoria Vis Research, especializada em inovação em biomedicina, o Brasil tem que tomar a decisão política de querer inovar. "Só assim será possível criar condições jurídicas, tributárias e regulatória para que a inovação se desenvolva", diz. Sem essas iniciativas, explica, o país continuará contando apenas com ações isoladas que, para serem aplicadas, esbarram na burocracia.
O investimento brasileiro em pesquisa e inovação é de 1,4% do PIB, cerca de R$ 42 bilhões, segundo oMinistério da Ciência e Tecnologia. O Japão, por exemplo, investe 3,44% do PIB. A questão é que os investimentos no Brasil têm crescido, mas a passos demasiadamente lentos. Em 2009, a participação foi de 1,2% do PIB, e em 2008, de 1,1%. A expectativa do governo era de quem ao fim de 2010, ano que encerrou o Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional (Pacti), o percentual chegasse a 1,65%, puxado principalmente pelo aumento da participação do setor privado, hoje em 0,5%. A meta não foi cumprida. Procurado, o Ministério da Ciência e Tecnologia não respondeu à solicitação de entrevista. C.B.
Nenhum comentário:
Postar um comentário