23 de julho 2011, Jornal de Brasília | DF
Cuidados do dia a dia ajudam a evitar preocupações em condomíniosBernardo Bittar
Segundo informações do Instituto Sangari, presente em 17 países, que possui a função de difundir de forma científica e cultural os continentes, Brasília está em 374ª posição entre as cidades mais violentas do mundo. De acordo com o Instituto, o motivo é o aumento da violência e dos crimes contra o patrimônio ocorridos nas terras de cá.
Preocupado com o problema, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), lançou uma cartilha para auxiliar na segurança residencial e de condomínios. Dividido em quatro módulos, o manual traz recomendações ao síndico, zelador, porteiro e condôminos.
O coronel Arismar Luz Filho explica a motivação do projeto. "A política de segurança do MP foi unânime em concordar que, além de tecnologia, há ainda a necessidade de educação de segurança nos condomínios".
Esta "educação de segurança" se refere às maneiras simples de instruir moradores a se proteger com pequenos gestos. Muros, circuitos de câmeras, grades e cercas elétricas, afinal, não precisa ser a única solução para a segurança residencial.
A síndica em exercício de um residencial na Asa Norte, Fernanda de Paula, ocupou o cargo por seis anos e reassumiu temporariamente o cargo. A tranquilidade conquistada no residencial deve-se, em grande parte, à quantidade de medidas tomadas para proteger os condôminos. "Os moradores daqui exigem que a segurança seja apertada. Então, precisei treinar todos os funcionários do prédio que, aliás, são os mesmos desde que a construção foi erguida. Acabamos de instalar 36 novas câmeras de segurança. Existe monitoração em todos os locais possíveis", brinca Fernanda.
E, se a síndica aprova suas próprias atribuições, o que será que pensam os moradores? "Achei o trabalho competente", conta a oficial de Justiça Alaíde Magalhães. "Aqui todo mundo segue rotina, então, os porteiros sabem qual o comportamento de cada apartamento. Eles conhecem as famílias e seus costumes. Nunca tivemos problema aqui. Acho que isto ocorre graças ao treinamento que todo o s t a ff recebeu", explica.
Assim como deve ser, a portaria do bloco A (onde residem os entrevistados) é hors concours em toda a quadra. "O melhor é que os visitantes precisam deixar o número de pelo menos um documento com o porteiro. Assim, nós ficamos tranquilos, pois sabemos que, caso ocorra alguma coisa mais séria, estaremos assegurados", completa Alaíde.
O manual do MPDFT prega, entre outras dicas, a seleção rigorosa de funcionários, a checagem constante de materiais de segurança, sistemas de iluminação e de combate a incêndios.
Outra orientação diz respeito aos zeladores, que devem ser cuidadosos na hora de limpar andares térreos. Caso escorra água para o subsolo, é possível que as portas do local travem, impossibilitando o acesso de quem pretende subir. E a ideia é que os condôminos sejam fiscais do grupo, pois, são eles os mais interessados.
SAIBA +
ORIENTAÇÕES DO MANUAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Ao síndico
Jamais anunciar vagas de emprego em classificados.
Exigir dos candidatos documentação como identidade, CPF, carteira de trabalho, comprovantes de residência fixa e conferir a autenticidade e veracidade das informações.
Estabelecer códigos ou senhas com os porteiros e condôminos, caso eles estejam em poder de criminosos.
Ao porteiro
Não permitir que crianças residentes no condomínio deixem o prédio desacompanhadas ou acompanhadas por estranhos sem antes fazer contato com o responsáve l.
Caso o acesso de veículos seja pelo serviço de portaria, deverá verificar se os condutores ou passageiros são moradores.
Ao morador
Ficar alerta a pessoas que se apresentam como pesquisadores e receber apenas os agentes devidamente identificados.
Segundo informações do Instituto Sangari, presente em 17 países, que possui a função de difundir de forma científica e cultural os continentes, Brasília está em 374ª posição entre as cidades mais violentas do mundo. De acordo com o Instituto, o motivo é o aumento da violência e dos crimes contra o patrimônio ocorridos nas terras de cá.
Preocupado com o problema, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), lançou uma cartilha para auxiliar na segurança residencial e de condomínios. Dividido em quatro módulos, o manual traz recomendações ao síndico, zelador, porteiro e condôminos.
O coronel Arismar Luz Filho explica a motivação do projeto. "A política de segurança do MP foi unânime em concordar que, além de tecnologia, há ainda a necessidade de educação de segurança nos condomínios".
Esta "educação de segurança" se refere às maneiras simples de instruir moradores a se proteger com pequenos gestos. Muros, circuitos de câmeras, grades e cercas elétricas, afinal, não precisa ser a única solução para a segurança residencial.
A síndica em exercício de um residencial na Asa Norte, Fernanda de Paula, ocupou o cargo por seis anos e reassumiu temporariamente o cargo. A tranquilidade conquistada no residencial deve-se, em grande parte, à quantidade de medidas tomadas para proteger os condôminos. "Os moradores daqui exigem que a segurança seja apertada. Então, precisei treinar todos os funcionários do prédio que, aliás, são os mesmos desde que a construção foi erguida. Acabamos de instalar 36 novas câmeras de segurança. Existe monitoração em todos os locais possíveis", brinca Fernanda.
E, se a síndica aprova suas próprias atribuições, o que será que pensam os moradores? "Achei o trabalho competente", conta a oficial de Justiça Alaíde Magalhães. "Aqui todo mundo segue rotina, então, os porteiros sabem qual o comportamento de cada apartamento. Eles conhecem as famílias e seus costumes. Nunca tivemos problema aqui. Acho que isto ocorre graças ao treinamento que todo o s t a ff recebeu", explica.
Assim como deve ser, a portaria do bloco A (onde residem os entrevistados) é hors concours em toda a quadra. "O melhor é que os visitantes precisam deixar o número de pelo menos um documento com o porteiro. Assim, nós ficamos tranquilos, pois sabemos que, caso ocorra alguma coisa mais séria, estaremos assegurados", completa Alaíde.
O manual do MPDFT prega, entre outras dicas, a seleção rigorosa de funcionários, a checagem constante de materiais de segurança, sistemas de iluminação e de combate a incêndios.
Outra orientação diz respeito aos zeladores, que devem ser cuidadosos na hora de limpar andares térreos. Caso escorra água para o subsolo, é possível que as portas do local travem, impossibilitando o acesso de quem pretende subir. E a ideia é que os condôminos sejam fiscais do grupo, pois, são eles os mais interessados.
SAIBA +
ORIENTAÇÕES DO MANUAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Ao síndico
Jamais anunciar vagas de emprego em classificados.
Exigir dos candidatos documentação como identidade, CPF, carteira de trabalho, comprovantes de residência fixa e conferir a autenticidade e veracidade das informações.
Estabelecer códigos ou senhas com os porteiros e condôminos, caso eles estejam em poder de criminosos.
Ao porteiro
Não permitir que crianças residentes no condomínio deixem o prédio desacompanhadas ou acompanhadas por estranhos sem antes fazer contato com o responsáve l.
Caso o acesso de veículos seja pelo serviço de portaria, deverá verificar se os condutores ou passageiros são moradores.
Ao morador
Ficar alerta a pessoas que se apresentam como pesquisadores e receber apenas os agentes devidamente identificados.
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