1 de outubro de 2011

Amapá: Diretora reconhece violência escolar, mas recrimina ausência de pais na escola



01 de outubro de 2011
Educação no Brasil | Diário do Amapá | AP

A diretora adjunta da Escola Estadual Reinaldo Damasceno, Marilene Ferreira, confirmou ontem que o educandário vem registrando, sim, ações de violência escolar praticados pelos próprios alunos. Porém, ela ressaltou que esse é um problema que tem afetado toda a rede pública e até particular de ensino do país.
A diretora fez o esclarecimento depois que informações relacionadas à escola foram, segundo ela, distorcidas. A secretária escolar, Marines Martins, falou sobre um possível fato ocorrido semana passada em que um aluno teria sido detido com uma arma em mãos quando tentava agredir um colega de classe.
"Na verdade um aluno encontrou uma faca de serra dentro da lixeira e comunicou a professora. Não existiu esse suposto fato de que um aluno estava tentando esfaquear o outro. Ocorre que enfrentamos problemas com a própria comunidade do bairro onde estamos localizados. Outro dia a mãe de um aluno invadiu a escolar para agredir um ou-tro aluno que tinha brigado com seu filho.
Ora, se os próprios pais dão o mau exemplo, como é que os filhos não vão se comportar igual a eles" desabafou a secretária.
Com 1,3 mil alunos, a escola mantém programas que buscam socializar a educação com a comunidade. "Estamos sempre de portas abertas para atender a comunidade. Mas, quando realizamos plantões pedagógicos, por exemplo, aparece meia dúzia de pais. Por ai já começa o enfraquecimento desse elo" declarou.
Atualmente a escola recebeu dois delegados da polícia civil que palestraram em cima do tema "violência escolar". Não diferente das demais escolas, a Reinaldo Damasceno também registra casos de furtos de material escolar e até aparelhos celulares. O governo do Estado está realizando uma palestra sobre esse assunto em todas as escolas. O bullyng também é outro tema que vem sendo bastante abordado. "A violência nas escolas é uma realidade. Só não podemos fechar os olhos para isso, principalmente, aqueles pais que só a escola quando um filho seu recebe uma punição por alguma infração grave" concluiu a diretora.
(Elden Carlos)

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