SÉRIE A PRAGA LATINA
Foco do narcotráfico, América Latina é campeã mundial de homicídios entre jovensPublicado em 01/10/2011, Jornal de Comercio, PE
Wagner Sarmento
CIDADE DO MÉXICO – O narcotráfico contribui decisivamente para o banho de sangue nos países latinos. A América Latina tem, segundo números da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Banco Mundial, a maior taxa de homicídios do mundo. De acordo com a Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), a quantidade de jovens assassinados em alguns países latino-americanos supera as estatísticas de países em estado de guerra. A geografia do tráfico de drogas coloca cinco nações da América Latina como as cinco com maior média de homicídios juvenis para cada 100 mil habitantes.
El Salvador, na América Central, aparece em primeiro lugar, com taxa de 92,3. A Colômbia está em segundo, com 73,4, seguida por Venezuela (64,2) e Guatemala (55,4). O Brasil é o quinto colocado, com índice de 51,6.
Pernambuco tem sua parcela na elevação dos números nacionais. Só está atrás de Alagoas e Espírito Santo entre os mortos com idades entre 15 e 24 anos, conforme o Mapa da Violência, do Instituto Sangari, e tem taxa de homicídios juvenis acima de 100 casos por 100 mil habitantes, ou seja, acima de El Salvador, líder do ranking. O Brasil tem 35 milhões de jovens, dos quais 7 milhões ociosos, sem estudar ou trabalhar, o que colabora para que sejam arregimentados pelo narcotráfico.
“A relação entre homicídios, armas de fogo e comércio de drogas é central. As drogas financiam as compras de armas, que sustentam as guerras entre quadrilhas pelo controle de territórios e do tráfico”, afirma o relatório Drogas e democracia: para uma mudança de paradigma, elaborado pela Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia. “No Brasil, o tráfico de drogas passou a dominar a dinâmica criminal e alcança o conjunto da sociedade e suas instituições. Os traficantes controlam grandes espaços urbanos onde vivem os setores mais pobres, atuando como autoridades de fato”, enfatiza.
Existe uma relação direta entre as mortes violentas de jovens e o tráfico de drogas. Pesquisa do Observatório de Favelas revela que 60% da mão de obra empregada neste tipo de crime é formada por menores de 18 anos, que ocupam a parte de baixo da pirâmide das quadrilhas narcotraficantes.
“É preciso promover medidas alternativas na América Latina, mostrando uma face humana nas políticas sobre drogas. É a única saída”, observa a investigadora americana Coletta Youngers, do Escritório de Washington sobre a América Latina (Wola).
El Salvador, na América Central, aparece em primeiro lugar, com taxa de 92,3. A Colômbia está em segundo, com 73,4, seguida por Venezuela (64,2) e Guatemala (55,4). O Brasil é o quinto colocado, com índice de 51,6.
Pernambuco tem sua parcela na elevação dos números nacionais. Só está atrás de Alagoas e Espírito Santo entre os mortos com idades entre 15 e 24 anos, conforme o Mapa da Violência, do Instituto Sangari, e tem taxa de homicídios juvenis acima de 100 casos por 100 mil habitantes, ou seja, acima de El Salvador, líder do ranking. O Brasil tem 35 milhões de jovens, dos quais 7 milhões ociosos, sem estudar ou trabalhar, o que colabora para que sejam arregimentados pelo narcotráfico.
“A relação entre homicídios, armas de fogo e comércio de drogas é central. As drogas financiam as compras de armas, que sustentam as guerras entre quadrilhas pelo controle de territórios e do tráfico”, afirma o relatório Drogas e democracia: para uma mudança de paradigma, elaborado pela Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia. “No Brasil, o tráfico de drogas passou a dominar a dinâmica criminal e alcança o conjunto da sociedade e suas instituições. Os traficantes controlam grandes espaços urbanos onde vivem os setores mais pobres, atuando como autoridades de fato”, enfatiza.
Existe uma relação direta entre as mortes violentas de jovens e o tráfico de drogas. Pesquisa do Observatório de Favelas revela que 60% da mão de obra empregada neste tipo de crime é formada por menores de 18 anos, que ocupam a parte de baixo da pirâmide das quadrilhas narcotraficantes.
“É preciso promover medidas alternativas na América Latina, mostrando uma face humana nas políticas sobre drogas. É a única saída”, observa a investigadora americana Coletta Youngers, do Escritório de Washington sobre a América Latina (Wola).
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