Colégio foi reformado e ganhou um guarda municipal o dia todo; pais pedem segurança em outras escolas
Roberto Price/Folhapress | ||
Thayane Monteiro, que praticava salto em distância e ficou paraplégica após levar 4 tiros |
DO RIO
Um ano após o massacre que deixou 12 crianças mortas e outras 11 feridas na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, até o ruído do portão de entrada faz com que os estudantes relembrem o dia em que o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, 23, invadiu duas salas atirando.
Na tentativa de ajudar os 1.162 alunos a superar o trauma, a escola foi totalmente reformada. Um prédio novo foi erguido ao lado do antigo. Grades substituem os muros.
Mesmo com as mudanças, 42 alunos ainda recebem atendimento psicológico de uma equipe montada pela prefeitura, como conta o diretor da escola, Luís Marduk.
Professores também são orientados sobre como conduzir o assunto. "Esta semana, com o aniversário de um ano, houve um desequilíbrio maior", disse Marduk.
Três psicólogos, dois assistentes sociais e dois professores tentam apagar as marcas. Síndrome do pânico, dificuldade de guardar informações, baixo desempenho escolar, depressão e insônia são os efeitos relatados.
Desde o tiroteio, um guarda municipal faz a segurança da escola o dia inteiro. Pais de vítimas, porém, dizem que já pediram à prefeitura que ampare outras escolas da cidade com o mesmo serviço.
"As crianças precisam de segurança para que não aconteça outra tragédia", diz Adriana Maria da Silveira Machado, 41, que perdeu a filha Luiza Paula da Silveira Machado, 14, no massacre.
A prefeitura informou que, após o ataque, contratou porteiros e agentes educadores para todas as escolas municipais e que guardas fazem ronda "em parte dos colégios". Mas confirma que a Tasso da Silveira foi a única a receber um guarda para atuar em seu entorno.
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