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RIO - O secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Wilson Risolia, criticou a proposta do Ministério da Educação (MEC) de mexer na fórmula do cálculo do Ideb para o ensino médio, ao usar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A ideia foi anunciada na terça-feira pelo ministro Aloizio Mercadante. Para Risolia, a mudança vai acarretar a perda do histórico dos resultados, que serve como parâmetro para analisar a evolução do desempenho da educação básica ao longo dos anos.
— Com a atual avaliação, já conseguimos montar uma série histórica, que é a condição essencial para realizar análises criticas. É somente trabalhando em cima desse histórico que podemos perceber a evolução das escolas e, assim, fazer as correções necessárias. Quando se propõe mudar o tipo de avaliação, você compromete toda a série histórica, o que tem que ser visto com muita cautela — diz Risolia. — O número de alunos que fazem o Enem numa escola é diferente de outra. Como você vai comparar? No ensino médio, a avaliação é por amostra. Se há dúvida nessa amostra, é possível trabalhar com uma amostra ampliada, não precisa outra avaliação.
O consultor da Fundação Cesgranrio e especialista em avaliação educacional Ruben Klein também critica a mudança. Segundo ele, a substituição dos testes de português e matemática do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), composto por testes de português e matemática, pelo Enem só poderia ocorrer caso o exame nacional fosse tornado obrigatório. Mesmo assim, seriam necessários estudos sobre a sua viabilidade.
— Não há como comparar o Saeb com o Enem, até porque o Enem não é uma amostra. Se o exame for universalizado, poderia ser usado. O grande problema hoje é que você não sabe quem faz a prova, então esse grupo não é representativo do todo. Depois, é preciso estudar uma maneira de equalizar o resultado do Saeb com o do Enem. A vantagem do Enem sobre o Saeb é que ele já avalia mais disciplinas.
Risolia, entretanto, nega que esteja preocupado com uma possível queda da avaliação da rede estadual com a mudança do indicador. No Ideb 2011, a nota do ensino médio público do Rio de Janeiro ficou em 3,2, um crescimento de 0,4 em relação à edição de 2009. Com isso, o estado pulou da penúltima posição para o 15º lugar. Para o secretário, é preciso cuidado na hora de mexer na avaliação e estreitar laços entre os segmentos.
— Não se pode simplificar o problema achando que ao mudar a avaliação o resultado será melhor. O momento é de discutir o que está por trás de cada resultado. Quando analisamos os microdados, vemos que existem questões profundas do ensino fundamental, tanto no primeiro quanto no segundo segmento. E o município transfere para o estado essas crianças com um déficit de aprendizado muito alto.
— Com a atual avaliação, já conseguimos montar uma série histórica, que é a condição essencial para realizar análises criticas. É somente trabalhando em cima desse histórico que podemos perceber a evolução das escolas e, assim, fazer as correções necessárias. Quando se propõe mudar o tipo de avaliação, você compromete toda a série histórica, o que tem que ser visto com muita cautela — diz Risolia. — O número de alunos que fazem o Enem numa escola é diferente de outra. Como você vai comparar? No ensino médio, a avaliação é por amostra. Se há dúvida nessa amostra, é possível trabalhar com uma amostra ampliada, não precisa outra avaliação.
O consultor da Fundação Cesgranrio e especialista em avaliação educacional Ruben Klein também critica a mudança. Segundo ele, a substituição dos testes de português e matemática do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), composto por testes de português e matemática, pelo Enem só poderia ocorrer caso o exame nacional fosse tornado obrigatório. Mesmo assim, seriam necessários estudos sobre a sua viabilidade.
— Não há como comparar o Saeb com o Enem, até porque o Enem não é uma amostra. Se o exame for universalizado, poderia ser usado. O grande problema hoje é que você não sabe quem faz a prova, então esse grupo não é representativo do todo. Depois, é preciso estudar uma maneira de equalizar o resultado do Saeb com o do Enem. A vantagem do Enem sobre o Saeb é que ele já avalia mais disciplinas.
Risolia, entretanto, nega que esteja preocupado com uma possível queda da avaliação da rede estadual com a mudança do indicador. No Ideb 2011, a nota do ensino médio público do Rio de Janeiro ficou em 3,2, um crescimento de 0,4 em relação à edição de 2009. Com isso, o estado pulou da penúltima posição para o 15º lugar. Para o secretário, é preciso cuidado na hora de mexer na avaliação e estreitar laços entre os segmentos.
— Não se pode simplificar o problema achando que ao mudar a avaliação o resultado será melhor. O momento é de discutir o que está por trás de cada resultado. Quando analisamos os microdados, vemos que existem questões profundas do ensino fundamental, tanto no primeiro quanto no segundo segmento. E o município transfere para o estado essas crianças com um déficit de aprendizado muito alto.
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