16 de setembro de 2010

Melhores Universidades no mundo

Melhores universidades do mundo estão nos EUA

Com 29, Reino Unido é 2º; China, com 6, bate Japão na Ásia; América Latina não possui nenhuma instituição

Não é só mito, mas estatística: Harvard é a melhor universidade do mundo, os EUA, sozinhos, abrigam 15 das 20 melhores instituições de ensino do planeta, e é dinheiro, muito dinheiro, que move essa engrenagem.

Essas são algumas das conclusões do Ranking Mundial de Universidades 2010-11 da Times Higher Education, referência em ensino superior que a Folha publica com exclusividade no Brasil.

A crise financeira de 2008 parece não ter provocado estrago nos campi dos EUA. Entre as 200 instituições que figuram no ranking, mais de um terço é de norte-americanas (72).

A receita é simples, segundo Ann Mroz, editora da THE: "Os EUA investem 3,1% de seu Produto Interno Bruto em educação superior, enquanto os demais países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico investem 1,5%".

Força asiática

Em sua sétima edição, o ranking também revela a forte presença das asiáticas. Entre as 50 melhores, o continente possui sete -China (2), Hong Kong (2), Japão, Coreia do Sul e Cingapura- e, nessa faixa, já bate a Europa continental: Suíça (2), França (2), Alemanha e Suécia.

No entanto, se for incluído o Reino Unido, a balança pende para a Europa. A ilha detém quatro das 50 melhores universidades, três delas entre as dez primeiras (Cambridge, Oxford e Imperial College). Levando-se em conta o ranking completo, o Reino Unido (com 29) e Europa continental (com 51) disparam.

No total, as asiáticas somam 27 -China (6), Japão (5), Taiwan e Coreia do Sul (4 cada uma) são os destaques. Já as instituições dos países de língua inglesa, somadas, dominam 120 posições -ou 60% do ranking (Canadá -nove- e Austrália -sete- vêm em seguida).

Na Europa continental, a surpresa foi a Alemanha. Com 14 instituições, o motor econômico da região também lidera o ensino superior. O país "investiu 18 bilhões em pesquisa nos últimos cinco anos", afirma Mroz. A França decepcionou: figura apenas em quinto.

Novos critérios

A versão 2010-11 do ranking da THE passou por ampla reformulação -a começar da compiladora dos dados, que é a Thomson Reuters. Mas a mudança mais radical, segundo Mroz, foi de metodologia: "Usamos hoje 13 indicadores, em vez dos seis usados anteriormente [...] e ouvimos 13.388 acadêmicos altamente qualificados, de todo o mundo".

O critério de reputação também teve seu peso reduzido. "Privilegiamos mais as evidências objetivas -e não as subjetivas."

Na América Latina, USP é a 1ª colocada

A USP aparece em 232º e a Unicamp, em 248º. "Há fortes evidências de excelente pesquisa na América Latina, mas as mudanças não ocorrem da noite para o dia", diz Ann Mroz. A THE chama a classificação de 201 a 400 de "posição indicativa", devido às diferenças pequenas entre elas.

(Marcos Flamínio Peres)

(Colaborou Emilio Sant'anna)

(Folha de SP, 16/9)

Nenhum comentário:

Postar um comentário