Igor Silveira - Correio Braziliense
Helsinki — “Ninguém é deixado para trás.” A frase dita pela ministra da Educação e Ciência da Finlândia, Henna Virkkunen, é sempre repetida por professores do país. A ideia fixa de que todos os profissionais dentro de sala de aula precisam dar o melhor e que o apoio ao aluno é fundamental para o sucesso do sistema educacional finlandês é quase um mantra. Mas a ministra sabe, também, que os problemas existem. A ideia de abraçar todos os que frequentam as escolas, por exemplo, sofre resistência, especialmente, da área mais conservadora do país, que tem criticado com veemência a política de imigração. Além disso, há a preocupação com questões financeiras nos próximos anos para que o orçamento da Educação não seja afetado e o temor de que o bullying se transforme em um problema maior do que já é. Em entrevista ao Correio, a ministra dá um panorama sobre a pasta que conduz no país europeu.
Alguns professores estão preocupados com o fato de que pais querem mudar os filhos de
escolas que recebem uma grande quantidade de imigrantes. Esse é, de fato, um problema na Finlândia?
Não diria que é um problema. Mas é importante que os pais possam confiar na vizinhança da escola e na qualidade da educação. É verdade que, especialmente aqui, em Helsinki, essas questões acontecem porque, talvez, seja o local mais procurado. Estamos, porém, apoiando essas escolas e todos os alunos, independentemente da nacionalidade.
Qual foi a parte mais importante na reforma da educação no governo atual?
Na Finlândia, o ensino superior vem de duas instituições distintas, as universidades e as escolas técnicas. Muitas dessas instituições ficam distantes da capital. Então, foi importante que as universidades e escolas técnicas pudessem ter uma gestão estadual, o que dá mais autonomia. No entanto, o Estado continua a financiar as instituições.
No futuro, as universidades continuarão a ser gratuitas ou existe um plano diferente
para essa questão?
O ensino universitário na Finlândia é gratuito para os cidadãos e para os estudantes de outros países. A Finlândia é um país pobre em recursos naturais e há muita concorrência no mundo. Todos os anos, 5 milhões de alunos entram em universidades na China. Esse número é equivalente ao total da população da Finlândia, de 5,3 milhões. Então, precisamos ter mais força. Mas o ensino é gratuito e continuará a ser assim.
escolas que recebem uma grande quantidade de imigrantes. Esse é, de fato, um problema na Finlândia?
Não diria que é um problema. Mas é importante que os pais possam confiar na vizinhança da escola e na qualidade da educação. É verdade que, especialmente aqui, em Helsinki, essas questões acontecem porque, talvez, seja o local mais procurado. Estamos, porém, apoiando essas escolas e todos os alunos, independentemente da nacionalidade.
Qual foi a parte mais importante na reforma da educação no governo atual?
Na Finlândia, o ensino superior vem de duas instituições distintas, as universidades e as escolas técnicas. Muitas dessas instituições ficam distantes da capital. Então, foi importante que as universidades e escolas técnicas pudessem ter uma gestão estadual, o que dá mais autonomia. No entanto, o Estado continua a financiar as instituições.
No futuro, as universidades continuarão a ser gratuitas ou existe um plano diferente
para essa questão?
O ensino universitário na Finlândia é gratuito para os cidadãos e para os estudantes de outros países. A Finlândia é um país pobre em recursos naturais e há muita concorrência no mundo. Todos os anos, 5 milhões de alunos entram em universidades na China. Esse número é equivalente ao total da população da Finlândia, de 5,3 milhões. Então, precisamos ter mais força. Mas o ensino é gratuito e continuará a ser assim.
Conversando com alunos e professores em algumas escolas, o tema bullying foi recorrente. Como a Finlândia tem tratado essa questão?
Sim, nós temos uma preocupação muito grande com isso. Pequenas mudanças são fundamentais para grandes resultados. Isso faz com que os alunos acreditem mais na escola e tenham mais prazer estando lá. São ações como ter mais música, mais arte. Sabemos que quanto mais felizes forem nossos estudantes, mais feliz será a nossa população. Mas toda essa política anti- bullying precisa passar, também, por professores, pais e pelos próprios alunos. Os pais devem ficar atentos se há algo errado no comportamento do filho. Se notarem alguma mudança, devem comunicar à escola para que o problema seja resolvido e outros sejam evitados. Isso deve ser tratado abertamente.
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