28 de setembro de 2012

Pesquisa da Fundação Telefônica/Vivo mostra interação de crianças e adolescentes



Pelos dados, 75% dos adolescentes navegam na internet, esse percentual cai para 47% entre crianças.
No Brasil, 75% dos adolescentes entre 10 e 18 anos afirmam navegar na internet, enquanto entre as crianças de 6 a 9 anos esse índice é de 47%. Os dados fazem parte da pesquisa “Gerações Interativas Brasil – Crianças e Jovens diante das Telas”, lançada nesta quinta-feira (27), em Brasília, pela Fundação Telefônica Vivo no Ministério das Comunicações, com a presença do ministro Paulo Bernardo e do presidente do Grupo Telefônica, Antonio Carlos Valente.

Segundo Valente, os resultados da pesquisa servirão para subsidiar políticas públicas para o setor, especialmente na área de educação, assim como para nortear ações comerciais pelas empresas de telecomunicações. “A Vivo/Telefônica vai consultar essas informações na formatação de seus serviços”, disse.

O ministro Paulo Bernardo disse que os dados servirão também para redimensionar as redes de banda larga ofertadas pelas operadoras nas escolas públicas urbanas. “Está claro que será necessária a implantação de redes wi-fi, que atendam não só os professores, que serão equipados com tablets pelo Ministério da Educação, mas também aos alunos, que cada vez usam mais dispositivos móveis”, disse.
 
A pesquisa da Fundação Telefônica foi realizada em parceria com o Fórum Gerações Interativas, o Ibope e a Escola do Futuro (USP) e pesquisou o comportamento da geração de nativos digitais brasileiros diante de quatro telas: TV, celular, internet e videogames. A coleta de dados aconteceu entre 2010 e 2011 junto a 18 mil crianças e jovens, com idades entre 6 e 18 anos. O Ibope ajustou a amostragem, baseado no Censo Escolar de 2007, e o conjunto válido de respondentes foi de 1.948 crianças e 2.271 jovens, pertencentes a um universo que inclui alunos de escolas do ensino público e privado, nas zonas urbana e rural de todas as regiões do país.
 
 
Do total dos pesquisados, 51% das crianças, de 6 a 9 anos, e 60% dos jovens e adolescentes, de 10 a 18 anos, declararam possuir computadores em casa; enquanto 38,8% das crianças e 74,7% dos jovens disseram possuir celulares próprios. Já quanto à posse de games, 78,7% das crianças e 62,4% dos adolescentes entrevistados responderam positivamente. A TV é a tela predominante, com índices de penetração nos lares entre 94,5%, no caso das crianças, a até 96,3% para os jovens.
 
No entanto, diferenças socioeconômicas entre as regiões impactam na posse e acesso às telas. A análise detalhada pelas macrorregiões geográficas do País evidenciou diferenças marcantes para os indicadores da inclusão digital dos jovens brasileiros. Observou-se que, enquanto a presença de computadores domésticos atingiu 70,4% das crianças do Sudeste e 55,1% para as residentes no Sul, no Norte e Nordeste estes índices retrocedem para 23,6% e 21,2%, respectivamente.
 
Diferentemente do que se observa para a maioria dos adultos que com ela convive, a geração interativa redefine o uso das telas pela sua integração, convergência e multifuncionalidade. Desta forma, a Internet é usada para tarefas escolares, compartilhar músicas, vídeos, fotos, ver páginas na web, utilizar redes sociais, bater papo e usar e-mail.   
 
O celular representa a tela de convergência por excelência. Pela ordem, a geração interativa utiliza o aparelho para: falar (90% dos jovens); mandar mensagens (40%); ouvir música ou rádio; como relógio/despertador; jogar; como calculadora; fazer fotos; gravar vídeos; ver fotos/vídeos; usar a agenda; baixar arquivos; assistir TV; bater papo; navegar na internet.
 
Segundo Valente, em decorrência do período de coleta dos dados da pesquisa, ela não reflete a penetração maior de smartphones e de tablets verificada agora. Por isso, ele disse que avaliará a sugestão do ministro Paulo Bernardo, de antecipar a repetição da pesquisa em um ano.

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