No Center Norte, cerca de 30 jovens se juntaram em estacionamento
O shopping JK Iguatemi antecipou o seu fechamento ontem à tarde após enfrentar manifestação de cerca de cem pessoas em frente ao prédio, na zona oeste de São Paulo.
O protesto começou por volta das 13h45, após o shopping fechar as portas com a chegada de participantes de um "rolezinho" organizado por estudantes da c, grupo militante antirracismo.
Parte dos clientes continuou no shopping. Às 16h40, após três horas de manifestação, o shopping decidiu só reabrir hoje. O horário normal é das 10h às 23h.
A professora de direito internacional Patrícia Kegel, 50, que estava dentro do shopping, criticou os "rolezinhos". "É uma tomada de um espaço público por um grupo que impõe sua própria vontade a todos", disse.
Ela passeava com o marido, Mohamed Amal, 50, que se mostrou menos preocupado. "Até acho que eles são simpáticos, a baderna não é necessariamente ruim, mas os ricos também têm direito ao espaço público", disse.
O "rolezinho" foi organizado como um protesto para criticar as liminares concedidas pela Justiça que proíbem os eventos em shoppings.
"A cidade não existe para o bem-estar, mas para o consumo. O nosso ato é político, contra os vários tipos de preconceito", disse Douglas Belchior, professor de história e conselheiro da UNEafro.
No Center Norte, cerca de 30 jovens se reuniram no estacionamento, próximo a uma entrada do shopping. Um deles recebeu uma citação de uma oficial de Justiça.
Segundo o documento, o rapaz pode sofrer multa de R$ 20 mil caso participe de outro "rolezinho".
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