PAULO SALDAÑA, DAYANNE SOUSA E IGOR GADELHA - O ESTADO DE S. PAULO
20 Agosto 2014 | 03h 00
Censo da Educação Básica, divulgado em fevereiro, mostrou queda no número de alunos matriculados no País nesta etapa
SÃO PAULO - A dificuldade para melhorar os índices de desempenho educacional no ensino médio não é exclusividade de São Paulo. O diagnóstico se repete em todo País e especialistas apontam problemas similares em outros países. O ministro da Educação, Henrique Paim, voltou a falar nesta terça-feira, 19, sobre a necessidade de revisão da etapa.
“Não podemos conviver com essa realidade de que apenas 8% dos estudantes do ensino médio estão fazendo educação profissional”, declarou o ministro, que comentou que a penetração do ensino profissional é muito superior em outros países do mundo. Paim participou do Fórum Estadão Brasil Competitivo, especial sobre educação e mercado de trabalho.
O ministro ainda falou sobre a construção de uma base curricular comum no País. “O ministério tem condição de conduzir esse processo para que se possa definir claramente o que é que os nossos estudantes precisam aprender”, disse. Como o Estado adiantou, o MEC iniciou em julho os debates para a construção da base. “É importante conseguirmos definir essa questão, respeitando a diversidade de cada sistema e cada escola.”
Censo. Além da atenção na qualidade, o País ainda tem problemas de acesso nesta etapa. O Censo da Educação Básica, divulgado em fevereiro, mostrou queda no número de alunos matriculados no País no ensino médio, ao mesmo tempo em que há cerca de 1,5 milhão de jovens que deveriam estar nesta etapa e estão fora da escola.
No último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de 2011, o ensino médio da rede pública do País ficou estagnado em 3,4 - a meta é chegar a 5,2 em 2021.
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