Jornal da Tarde | SP
LISANDRA PARAGUASSU Brasília
O Brasil precisa ampliar o atendimento na pré-escola nos próximos anos para incluir quase 2 milhões de crianças de 4 e 5 anos. A meta, contudo, esbarra em um problema: faltam no País mais de 100 mil professores de pré-escola apenas para suprir essa nova demanda - não entram na conta a substituição de eventuais desistências, aposentadorias ou mudanças de área.
Os números são de um estudo feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) que mostra a necessidade de um aumento de quase 40% no número de professores para essa faixa no Brasil. Em algumas regiões, no entanto, esse número passa dos 50%.
No caso do Centro-oeste, por exemplo, o aumento precisa ser de 62,3%, já no Sul a demanda é de mais 53,9%. No Sudeste o aumento porcentual é de 32%, mas esse índice, embora seja mais baixo que o de outras regiões, representa mais de 30 mil professores em números absolutos.
O cálculo do Inep leva em conta que, atualmente, 75% das pré-escolas estão em redes municipais e 23% em escolas privadas, a maior parte conveniada com o poder público. Com a criação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica, que remunera mais as prefeituras que tiverem escolas infantis, a necessidade de professores nas redes públicas pode ser ainda maior.
Existem hoje no País 1.832.953 crianças de 4 e 5 anos fora da escola, segundo o Inep. Até dois anos atrás, a educação primária obrigatória era apenas de 7 a 14 anos - o ensino fundamental. Uma emenda constitucional aprovada em 2009 ampliou essa faixa para incluir a educação infantil e o ensino médio.
Magistério em queda
O Inep leva em conta a atual realidade das turmas de pré-escola, que varia de 13 a 20 crianças por sala, dependendo do Estado ou da região. O número ideal é de 15 alunos, mas isso não ocorre na maioria das regiões.
A formação de professores para a educação infantil é feita pelas escolas de magistério de nível médio. A partir da aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a formação mínima para o professor alfabetizador passou a ser o nível superior. Já as antigas escolas normais passaram a formar os docentes de escolas infantis. Mas o número de alunos dessas escolas vem caindo aceleradamente nos últimos anos, o que agrava ainda mais o déficit.
Dados levantados pelo Inep a pedido da reportagem indicam que, em apenas cinco anos, as escolas de magistério perderam cerca de 155,7 mil alunos, uma queda de quase 45%. Em 2004, eram 350,2 mil estudantes - número que passou para 194,5 mil em 2009.
Em alguns locais, como Distrito Federal, Rondônia, Roraima, Espírito Santo, Mato Grosso e Acre, já não existem alunos em escolas de magistério. Em São Paulo, são apenas 630. No Distrito Federal, a formação de nível médio se tornou obsoleta: mesmo para a educação infantil, o governo local não contrata professores sem curso superior.
Os números são de um estudo feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) que mostra a necessidade de um aumento de quase 40% no número de professores para essa faixa no Brasil. Em algumas regiões, no entanto, esse número passa dos 50%.
No caso do Centro-oeste, por exemplo, o aumento precisa ser de 62,3%, já no Sul a demanda é de mais 53,9%. No Sudeste o aumento porcentual é de 32%, mas esse índice, embora seja mais baixo que o de outras regiões, representa mais de 30 mil professores em números absolutos.
O cálculo do Inep leva em conta que, atualmente, 75% das pré-escolas estão em redes municipais e 23% em escolas privadas, a maior parte conveniada com o poder público. Com a criação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica, que remunera mais as prefeituras que tiverem escolas infantis, a necessidade de professores nas redes públicas pode ser ainda maior.
Existem hoje no País 1.832.953 crianças de 4 e 5 anos fora da escola, segundo o Inep. Até dois anos atrás, a educação primária obrigatória era apenas de 7 a 14 anos - o ensino fundamental. Uma emenda constitucional aprovada em 2009 ampliou essa faixa para incluir a educação infantil e o ensino médio.
Magistério em queda
O Inep leva em conta a atual realidade das turmas de pré-escola, que varia de 13 a 20 crianças por sala, dependendo do Estado ou da região. O número ideal é de 15 alunos, mas isso não ocorre na maioria das regiões.
A formação de professores para a educação infantil é feita pelas escolas de magistério de nível médio. A partir da aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), a formação mínima para o professor alfabetizador passou a ser o nível superior. Já as antigas escolas normais passaram a formar os docentes de escolas infantis. Mas o número de alunos dessas escolas vem caindo aceleradamente nos últimos anos, o que agrava ainda mais o déficit.
Dados levantados pelo Inep a pedido da reportagem indicam que, em apenas cinco anos, as escolas de magistério perderam cerca de 155,7 mil alunos, uma queda de quase 45%. Em 2004, eram 350,2 mil estudantes - número que passou para 194,5 mil em 2009.
Em alguns locais, como Distrito Federal, Rondônia, Roraima, Espírito Santo, Mato Grosso e Acre, já não existem alunos em escolas de magistério. Em São Paulo, são apenas 630. No Distrito Federal, a formação de nível médio se tornou obsoleta: mesmo para a educação infantil, o governo local não contrata professores sem curso superior.
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