12 de setembro de 2011

Melhor do MT no Enem, escola de Cuiabá aplica provas toda semana

Melhores médias da escola foram na redação e em matemática.

Estratégia é estimular o aluno a estudar, com provas e simulados.

Ericksen VitalDo G1 MT
Colégio Máxi (Foto: Leandra Ribeiro)Alunos são estimulados a estudar diariamente
na escola e em casa (Foto: Leandra Ribeiro)
O Máxi obteve nota média de 658,89 pontos no Enem e alcançou a liderança do ranking estadual entre os colégios que tiveram mais de 75% de participação dos estudantes. A adesão dos alunos da escola foi de 95%. As melhores médias foram em redação (682,72) e matemática (673,96). A pior média da escola foi em Ciências da Natureza (604,45).
Escola com melhor pontuação na avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 em Mato Grosso, o Colégio Máxi tem como fórmula educacional o planejamento rígido dos estudos dos alunos do Ensino Médio. Faltas não são toleradas e as provas são aplicadas com frequência nos moldes do Enem para treinar os estudantes. “Só assistir à aula não é suficiente para o aluno obter sucesso”, afirmou o diretor pedagógico do colégio, Athos Aramis Pinto Guedes.
Neste ano, o Ministério da Educação mudou o critério de divulgação das notas por escola do Enem. Foram criadas quatro categorias de acordo com a porcentagem de participação no Enem 2010:
Grupo 1: de 75% a 100% (17,8% das escolas)
Grupo 2: de 50% a 74,9% (20,9% das escolas)
Grupo 3: de 25% a 49,9% (33% das escolas)
Grupo 4: de 2% a 24,9% (27,4% das escolas)
De acordo com a nota técnica divulgada pelo MEC, não se deve misturar as categorias para comparação de desempenho entre as escolas. As escolas que tiveram menos de 2% de participação não foram consideradas. De acordo com o MEC, a média de participação dos estudantes no Enem 2010 foi de 56,4%.
Estímulo ao estudo
O diretor pedagógico do Máxi, Athos Aramis, disse que a escola busca estimular o hábito de estudar, com esquemas de fixação de conteúdo. As tarefas escolares e as provas, por exemplo, constam programadas em um calendário e elas são aplicadas nos dias definidos, praticamente sem chances de mudanças.
Athos Aramis explicou também que o sistema funciona da seguinte maneira: as tarefas vão ao para ar no site da instituição às segundas-feiras, a partir das 6h, e são entregues nas sextas-feiras. Na semana seguinte, os professores corrigem as atividades e tiram as dúvidas sobre as lições e, na outra, aplicam provas. As informações do calendário constam em uma agenda que o aluno recebe no dia da matrícula.
Segundo o diretor, esta foi uma forma encontrada para não deixar os alunos sem se dedicar quase que diariamente aos estudos, tanto na escola como em casa. A estudante Carolina Mendonsa Zina conhece bem o sistema. Ele está na escola há três anos e este ano vai prestar o Enem pela primeira vez.
Carolina contou que 2011 tem sido um ano com foco no estudo para buscar passar no curso de Arquitetura. Ela comentou que os simulados aos sábados têm ajudado muito na preparação intelectual, mas admite que a rotina de estudos, principalmente nesta reta final, está sendo difícil. “Cada dia tenho estudado mais. De manhã, de tarde e à noite em casa. Além dos finais de semana. Mas acredito que isso vai valer a pena”, disse, confiante na aprovação.
Os alunos do 1º e do 2º anos fazem duas provas por semana. Já os vestibulandos fazem simulados nos moldes do Enem também semanalmente. Os alunos de todo o Ensino Médio estudam integralmente. Apenas o número das horas-aulas é diferenciado entre os anos do antigo segundo grau. “O objetivo do Colégio Máxi é criar o hábito de estudar. Esse esquema foi montado visando o vestibular”, comentou o diretor e também fundador da franquia escolar, há 25 anos em Londrina (PR). Na capital Cuiabá, a instituição funciona desde 2006.
O sistema de recuperação programado pela escola também é diferenciado. Segundo o coordenador pedagógico, o estudante que está com nota abaixo da média é convocado a participar de uma recuperação paralela às aulas do ano letivo. Os pais são notificados oficialmente a levar os filhos para a recuperação paralela que dura cerca de quatro meses. “O aluno não vai para a recuperação oficial no fim do ano, ele passa antes. O objetivo é evitar a repetência”, finalizou.

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