12 de setembro de 2011

Quando o projeto pedagógico não é determinante :ENEM 2010


12 de setembro de 2011
Educação no Brasil | O Globo | O País | BR




Colégios em SP e em Teresina, com propostas diferentes, colecionam bons resultados no Enem

Marcelle Ribeiro, Tatiana Farah e Efrém Ribeiro opais@oglobo.com.br

SÃO PAULO e TERESINA. A preocupação com o Enem leva algumas escolas a se concentrarem essencialmente no resultado do exame. Outras, se mantêm fiéis a seus projetos pedagógicos de formação humana. No fim, não há vencedores, pelo menos no que se refere ao resultado do exame, como mostram um colégio de São Paulo e outro de Teresina.
Segundo colocado entre as escolas de São Paulo, o Integrado Objetivo persegue resultados e concentra em apenas três salas de aula - uma de cada ano do ensino médio - os melhores alunos de todas as 13 unidades da rede. Atualmente, são 136 estudantes no total, 42 deles no 3º ano. Na escola de período integral, fundada em 2008, estudam ou estudaram adolescentes campeões de olimpíadas de matemática e física e uma jovem que passou em nove vestibulares para Medicina.
- O aluno tem que estar disposto a estudar o dia todo. Queremos esse perfil - afirma o coordenador pedagógico Eduardo Figueiredo.
O Objetivo figura em 22º lugar no Brasil, com uma média de 715,95 pontos. Em 2009, chegou a ser o 2º.
Com uma proposta pedagógica diferente do Objetivo, o Instituto Dom Barreto, de Teresina, foge do esquema dos cursos pré-vestibulares. O colégio, o segundo a melhor de ensino médio do país, decidiu estender aos 2º e 3º anos as disciplinas de filosofia, sociologia e artes, antes ofertadas até o 1º ano. No contraturno, os 600 alunos estudam teoria musical e aprendem a tocar instrumentos.
Mas a boa colocação no Enem não é novidade: em 2006, o colégio aparecia como primeiro do ranking nacional e de lá para cá tem ficado sempre entre os primeiros. Além disso, tem aprovado 90% de seus alunos nos vestibulares das melhores universidades do país. Os alunos têm aulas com o auxílio de computadores e usarão tablets a partir de 2012.
- A nossa manutenção nos primeiros lugares mostra que estamos acertando, mas sempre com respeito à uma pedagogia de formação da pessoa como cidadã. O foco está na educação humanística - diz a vice-diretora Marcela Clarissa Rangel.
O professor Ricardo Carvalho, coordenador de Geografia, com mestrado pela UnB, conta que os alunos começaram a se esforçar para atingir notas altas quando o Enem ainda nem era uma forma de acesso às universidades. "Eles queriam homenagear a escola e seu diretor, Marcílio Rangel, que morreu em 2006. "

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