Secretária Claudia Costin defende aumento da jornada escolar

15 de setembro de 2011 Educação no Brasil | O Globo | O País | BR Demétrio Weber demetrio@bsb.oglobo.com.br BRASÍLIA. Um dia após o ministro da Educação, Fernando Haddad, defender o aumento do tempo de permanência dos alunos na escola, a secretária municipal de Educação do Rio, Claudia Costin, disse ontem que a ampliação da carga horária diária é mais eficaz do que a extensão do ano letivo. Na mesma linha, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, afirmou que o ensino em horário integral é uma bandeira histórica da entidade. - Se eu tivesse que escolher, preferiria a ampliação da carga horária. Não sou contra aumentar o número de dias, mas o fundamental é aumentar o número de horas - disse Claudia, que participou, em Brasília, do congresso "Educação: uma agenda urgente", promovido pela ONG Todos pela Educação. A secretária lembrou que uma lei municipal aprovada no ano passado determina que todas as 1.064 escolas da prefeitura ofereçam turno de 7 horas, até 2020. Hoje, a maioria adota jornada de 4 horas e meia. Nesses colégios, segundo Claudia, o tempo em sala de aula é insuficiente, ainda mais que parte do dia é consumida pelo recreio e pelas atividades físicas. Anteontem, o ministro anunciou a intenção de manter os alunos mais tempo nas escolas, o que poderia ser obtido tanto mediante a ampliação do ano letivo - dos atuais 200 para 220 dias -, quanto pelo aumento da jornada escolar. Haddad disse que já começou a discutir a proposta com secretários estaduais e municipais de Educação e só pretende enviar projeto de lei ao Congresso se houver consenso. O presidente da CNTE afirmou que ainda não foi procurado por Haddad para tratar do tema. Para Leão, a escola em horário integral é um avanço, mas o tempo a mais precisa ser bem aproveitado. Em relação ao aumento do ano letivo, ele manifestou preocupação com eventuais interferências no período de férias dos professores.