2 de maio de 2012

JOSÉ PAVAN JÚNIOR Cinema ou escolas? Nossa administração não está aqui para defender o interesse de cineastas. Triste para eles, melhor para a população de Paulínia, com saúde e escolas O episódio da suspensão (não houve cancelamento) do Festival de Cinema de Paulínia de 2012 nos remete a uma importante reflexão mais profunda sobre a política de utilização de recursos públicos. A reportagem "Filme queimado" (na Folha, no último dia 19) informa que o polo cinematográfico da cidade foi construído na administração passada, que ele custou R$ 490 milhões (R$ 490 milhões!) e que está subutilizado. É verdade. Em outro trecho, o texto diz que o prédio da Escola Magia do Cinema "deu lugar a uma escola de ensino fundamental". Também é verdade. Ocorre que, nos últimos dez anos, Paulínia (SP) não recebeu nenhuma nova escola, apesar do grande crescimento da população. Agora, estamos entregando, no mês que vem, dois novos prédios escolares, para atender 1.800 alunos. Enquanto não ficam prontos, tomamos emprestadas as dependências da escola de cinema citada, onde centenas de meninos e meninas recebem aulas curriculares. Mas, até o meio deste ano, o prédio será devolvido, dando continuidade a todo o trabalho que o polo cinematográfico vem fazendo: há dois filmes já em pré-produção e atendemos 2.100 alunos com aulas de dança, música, teatro e cinema. Há cursos e workshops de direção de arte, produção e fotografia, que continuam, e a temporada de concertos musicais já foi lançada. E muito mais. A defasagem que hoje a Prefeitura de Paulínia está suprindo no atendimento direto à população não existe apenas na área de educação. Hoje, há 1.479 casas populares em fase final de construção, duas novas creches estão em acabamento e mais 550 novas vagas em creches foram viabilizadas em convênios com escolas particulares. O hospital atende com equipamentos de primeiro mundo. A cidade, antes poluída, ganha prêmios pela preservação do meio ambiente. E, principalmente, há um grandioso programa de ação social que atende mais de 20 mil pessoas, com programas como o Renda da Família, o Bolsa-Educação, o Bolsa-Amamentação, a passagem de ônibus a R$ 1, a distribuição de cestas de alimentos, entre outros. O administrador é obrigado a fazer opções. A nossa, em Paulínia, está sendo priorizar as áreas que atendem à população, principalmente aos mais necessitados. O Festival de Cinema teria um custo direto de R$ 3,5 milhões. Mas o próprio material de captação de recursos, editado pelos organizadores, informa que "o orçamento total é estimado em R$ 8,8 milhões". Todos sabem como são essas "estimativas". A realidade é que a captação de patrocínios só tinha conseguido contratar R$ 400 mil. A diferença fatalmente também recairia sobre os recursos municipais. Não é justo! Não é correto! Em dezembro, um estudo qualitativo feito pelo Ibope apontou que a população da cidade está descrente e cansada do modelo administrativo que faz "foco na 'aparência' da cidade e na sua projeção nacional, em detrimento da atuação em áreas vitais para a população". É isso que estamos mudando. Nossa administração não está aqui para defender os interesses de um grupo de cineastas, por mais que eles precisem de ajuda e contem com a nossa compreensão. Triste para eles, melhor para a população de Paulínia! JOSÉ PAVAN JÚNIOR, 53, é prefeito de Paulínia (SP)



Nossa administração não está aqui para defender o interesse de cineastas. Triste para eles, melhor para a população de Paulínia, com saúde e escolas
O episódio da suspensão (não houve cancelamento) do Festival de Cinema de Paulínia de 2012 nos remete a uma importante reflexão mais profunda sobre a política de utilização de recursos públicos.
A reportagem "Filme queimado" (na Folha, no último dia 19) informa que o polo cinematográfico da cidade foi construído na administração passada, que ele custou R$ 490 milhões (R$ 490 milhões!) e que está subutilizado. É verdade.
Em outro trecho, o texto diz que o prédio da Escola Magia do Cinema "deu lugar a uma escola de ensino fundamental". Também é verdade.
Ocorre que, nos últimos dez anos, Paulínia (SP) não recebeu nenhuma nova escola, apesar do grande crescimento da população.
Agora, estamos entregando, no mês que vem, dois novos prédios escolares, para atender 1.800 alunos. Enquanto não ficam prontos, tomamos emprestadas as dependências da escola de cinema citada, onde centenas de meninos e meninas recebem aulas curriculares.
Mas, até o meio deste ano, o prédio será devolvido, dando continuidade a todo o trabalho que o polo cinematográfico vem fazendo: há dois filmes já em pré-produção e atendemos 2.100 alunos com aulas de dança, música, teatro e cinema. Há cursos e workshops de direção de arte, produção e fotografia, que continuam, e a temporada de concertos musicais já foi lançada. E muito mais.
A defasagem que hoje a Prefeitura de Paulínia está suprindo no atendimento direto à população não existe apenas na área de educação.
Hoje, há 1.479 casas populares em fase final de construção, duas novas creches estão em acabamento e mais 550 novas vagas em creches foram viabilizadas em convênios com escolas particulares.
O hospital atende com equipamentos de primeiro mundo. A cidade, antes poluída, ganha prêmios pela preservação do meio ambiente.
E, principalmente, há um grandioso programa de ação social que atende mais de 20 mil pessoas, com programas como o Renda da Família, o Bolsa-Educação, o Bolsa-Amamentação, a passagem de ônibus a R$ 1, a distribuição de cestas de alimentos, entre outros.
O administrador é obrigado a fazer opções. A nossa, em Paulínia, está sendo priorizar as áreas que atendem à população, principalmente aos mais necessitados.
O Festival de Cinema teria um custo direto de R$ 3,5 milhões. Mas o próprio material de captação de recursos, editado pelos organizadores, informa que "o orçamento total é estimado em R$ 8,8 milhões".
Todos sabem como são essas "estimativas". A realidade é que a captação de patrocínios só tinha conseguido contratar R$ 400 mil. A diferença fatalmente também recairia sobre os recursos municipais. Não é justo! Não é correto!
Em dezembro, um estudo qualitativo feito pelo Ibope apontou que a população da cidade está descrente e cansada do modelo administrativo que faz "foco na 'aparência' da cidade e na sua projeção nacional, em detrimento da atuação em áreas vitais para a população".
É isso que estamos mudando. Nossa administração não está aqui para defender os interesses de um grupo de cineastas, por mais que eles precisem de ajuda e contem com a nossa compreensão. Triste para eles, melhor para a população de Paulínia!


3 comentários:

  1. Louvável defender a população, todos concordam. A única diferença é que existiria outras possibilidades de também economizar como as festas country e de peão que V.sa aluga inumeros serviços, como por exemplo de Lonas, banheiros, palcos, sons e etc, etc. Também se analizarmso os valores de alugueis que V.sa, em seu gorverno vem fazendo com carros e oyutras coisas mais, além de que na denuncia de shows supeorfaturados, essas que acabei de citar, também poderiam ser reajustados suas ações e economia teria, se não mais com o valor no cancelamento do Festival. NÃO SOMOS CONTRA AJUSTAR E FAZER MAIS PARA POPULAÇÃO. è que o Governo Pavan, no primeiro ano, não fez mais cursos profissionalizantes mas sim palestras, o que é muito diferente. No projeto de desenho digital para as crianças, também parou. Os editais para cinema - produção estão atrasados o de 2010 e 2011, portanto no nosso entender, ele foi destruindo o Projeto. ELE ESCOLHEU ACABAR COM O PROJETO DE FORMA QUE NÃO APARECESSE QUE O ESTAVA FAZENDO. Passar um projeto para 2013, dizendo que não o acaba e a sua gestão está no fim é querer continuar com o poder custe o que custar. deveria ele e ses assessores desde o inicio de governo readequar projetos e não apenas ir parando em partes e com alguns meses restantes tirar a festa. Seria como o final do campeonato nesse final de semana que vai acontecer, os dirigentes dizer que não tem mais dinheiro para premiações, entendem?! PORQUE NÃO O READEQUOU? PORQUE NÃO MEXEU NO QUE GOSTA QUE É A FESTA DO PEÃO ? Por puro egoísmo bloqueia um projeto que custou muito e é um bom projeto, se for administrado por equipe que se interesse, claro. Gostaria de saber onde serão aplicados esse 10 milhões que alegou em Social, sendo que o que cita na matéria já o vinha fazendo e imagino que sem a necessidade disso que "diz economizar" o que não é verdade, além de que, poderia economizar com outros eventos inistente e não o fez. è isso que choca. Seria com esse Projeto possibilidades de oportunidades e emprego se fosse levado a séria e não como esse Governos fez, destruindo-o mês a Mês e ano após outro. Um desrespeito a tudo que foi o Projeto e montado. Se ele quer falar sobre IBOPE, porque não apresenta a sua queda contínua, mesmo com um Projeto Social que doa dinheiro. Faça o que prometeu em Campanha, exatamente como disse que ia fazer. Remendar com a não realização e destruir o que foi começado, deveria pelo ao menos trazer a LG que anunciou como certo, lembram ? Perde a cidade e o Povo com a intenção de não ensinar o Povo a pescar e sim doar ao Povo. Não somos contra, mas doações devem ser momentâneas - a nível de comprometimento de quem recebe voltar a trabalhar pois como está seendo feito os custos acabam aumentando dia-após-dia, até quando com essas doações.? A administração do pavan spo defende a sua turma. Finalizo assim, Triste para a cidade e melhor para a sua turma! OBSERVADOR PAULINIA

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  2. Colocações perfeitas, parabéns Observador

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  3. Muito me impressiona, um prefeito casado com uma ex secretária da educação que em sua primeira ação no governo é FECHAR O ENSINO MÉDIO MUNICIPAL e depois anunciar que vai suspender o Festival de Cinema por que irá investir em escolas???? Que escolas? Áquelas as quais ele mesmo fechou? Ele alega que a "Lei" diz que é obrigação do estado. A luz da LDB realmente o ensino médio é OBRIGAÇÃO do estado, mais a LDB é de 1986 e o munincípio de Paulínia sempre ofertou ensino médio por saber que pode ofertar ensino de qualidade. Ou seja, em outras gestões o governo conseguia fazer, obras (iniciar e terminar), fazer cinema, (aliás implantando os novos projetos, o que é mais caro) e ainda por cima manter escolas. O que mudou?

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