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Privacidade e internet são incompatíveis. Quanto mais fácil for trocar arquivos (texto, imagem, som) por um meio rápido e de capacidade incomensurável de armazenamento, mais devassadas estarão pessoas, empresas, instituições em geral. E quanto mais se tomar consciência desta realidade, melhor para, com rapidez, se tomar precauções. De todos os tipos, no plano pessoal, institucional, onde for.É o preço a pagar pelas vantagens desta revolução histórica nos meios de comunicação, capaz de rivalizar em importância com o feito de Gutemberg, a pedra fundamental da mídia impressa.
Um dos exemplos recentes, no Brasil, do outro lado desta incrível ferramenta, foi o roubo de fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann, por hackers fora de Rio e São Paulo. Ficou evidente que não é necessário ser um profissional de refinada técnica e experiência para ter êxito em invasões digitais da privacidade alheia.
O assunto preocupa legisladores, governantes e mesmo as próprias empresas do setor, alvos constantes de investigações e inquéritos — todos necessários, ressalte-se. Um dos casos em tramitação, de interesse geral, envolve o Google, o Poder Judiciário e agências públicas em alguns países.
O sistema de operação do Google, como vários outros, rastreia os hábitos de navegação dos internautas. Em geral, as suspeitas caem sobre o uso dessas informações, sem o conhecimento do dono dos dados.
Mas um outro sério foco de problemas tem sido o Google Street, eficiente serviço de tomada de imagens, por vários ângulos, conjugada com GPS, nas principais vias das maiores cidades do mundo. O sistema funciona acoplado ao Google Maps, pelo qual é possível localizar endereços e vê-los em mapas, fotos de satélite, com zoom, observá-los dos mais mais diversos ângulos a partir das tomadas feitas para o Google Street. Como os sistemas falam entre si, pode-se enquadrar a portaria de um prédio ou sobrevoá-lo com registros feitos de satélite pelo Google Earth.
Fascinante, útil, mas também perigoso para a privacidade geral, devido à forma como os registros são feitos. Reportagem publicada no início da semana passada no “New York Times” revela que, na Alemanha, um funcionário do setor do governo responsável pela proteção da informação conseguiu ter acesso a uma amostra do que os esquipamentos colocados pelo Goggle sobre carros captam quando transitam pelas cidades: fragmentos de e-mails, fotos, senhas, conteúdos de redes sociais, sites etc.
Amazon, Facebook, Apple também armazenam montanhas de dados das pessoas. O que fazem com eles? O Google está sob pressão na Europa e nos Estados Unidos, e não apenas devido à invasão de privacidade. Há demandas na Justiça sobre o desrespeito da empresa aos direitos autorais.
Na questão específica da privacidade, até agora, nos Estados Unidos, nenhum agente público teve acesso ao material capturado pelo Google Street (Rio e São Paulo estão mapeados e disponíveis aos internautas).
O assunto é sério. Na Alemanha a empresa tem sido particularmente pressionada. Há razões para isso, explica o jornal americano: os nazistas e, depois, a Stasi, polícia política da Alemanha Oriental, usaram arquivos oficiais para perseguir judeus e inimigos do regime em geral.
Um dos exemplos recentes, no Brasil, do outro lado desta incrível ferramenta, foi o roubo de fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann, por hackers fora de Rio e São Paulo. Ficou evidente que não é necessário ser um profissional de refinada técnica e experiência para ter êxito em invasões digitais da privacidade alheia.
O assunto preocupa legisladores, governantes e mesmo as próprias empresas do setor, alvos constantes de investigações e inquéritos — todos necessários, ressalte-se. Um dos casos em tramitação, de interesse geral, envolve o Google, o Poder Judiciário e agências públicas em alguns países.
O sistema de operação do Google, como vários outros, rastreia os hábitos de navegação dos internautas. Em geral, as suspeitas caem sobre o uso dessas informações, sem o conhecimento do dono dos dados.
Mas um outro sério foco de problemas tem sido o Google Street, eficiente serviço de tomada de imagens, por vários ângulos, conjugada com GPS, nas principais vias das maiores cidades do mundo. O sistema funciona acoplado ao Google Maps, pelo qual é possível localizar endereços e vê-los em mapas, fotos de satélite, com zoom, observá-los dos mais mais diversos ângulos a partir das tomadas feitas para o Google Street. Como os sistemas falam entre si, pode-se enquadrar a portaria de um prédio ou sobrevoá-lo com registros feitos de satélite pelo Google Earth.
Fascinante, útil, mas também perigoso para a privacidade geral, devido à forma como os registros são feitos. Reportagem publicada no início da semana passada no “New York Times” revela que, na Alemanha, um funcionário do setor do governo responsável pela proteção da informação conseguiu ter acesso a uma amostra do que os esquipamentos colocados pelo Goggle sobre carros captam quando transitam pelas cidades: fragmentos de e-mails, fotos, senhas, conteúdos de redes sociais, sites etc.
Amazon, Facebook, Apple também armazenam montanhas de dados das pessoas. O que fazem com eles? O Google está sob pressão na Europa e nos Estados Unidos, e não apenas devido à invasão de privacidade. Há demandas na Justiça sobre o desrespeito da empresa aos direitos autorais.
Na questão específica da privacidade, até agora, nos Estados Unidos, nenhum agente público teve acesso ao material capturado pelo Google Street (Rio e São Paulo estão mapeados e disponíveis aos internautas).
O assunto é sério. Na Alemanha a empresa tem sido particularmente pressionada. Há razões para isso, explica o jornal americano: os nazistas e, depois, a Stasi, polícia política da Alemanha Oriental, usaram arquivos oficiais para perseguir judeus e inimigos do regime em geral.
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