O grau de consciência do consumidor para a sustentabilidade dará um salto com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Esta é a aposta da presidente-executiva do Conselho Empresarial Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi, que ainda garante que as empresas naturalmente terão que se adaptar às novas tendências do mercado, exigindo produtos mais sustentáveis.
— Não tenho dúvida de que a consciência já está aumentando, mas que, principalmente, vai dar um salto na Rio+20. Não só nos dez dias de conferência, mas no que ela vai gerar e já está gerando de discussão. O tema já está mais forte na pauta nas revistas, nos jornais, na interação da população — disse.
Marina participou, nesta quarta-feira, do lançamento do Guia Rio+20, uma publicação com informações básicas sobre esta e outras conferências da ONU. Três mil exemplares foram impressos do livreto, que serão distribuídos durante eventos de junho. Mas o público também pode fazer download do documento no site do CEBDS.
Custo de produto é irreal
Durante o lançamento, Marina Grossi cobrou maior participação do setor privado em conferências, como a Rio+20, e criticou o elevado valor de produtos sustentáveis, a exemplo dos orgânicos. Ela afirma que o custo do produtos são definidos de maneira equivocada.
— O custo de um produto não está hoje computando o impacto ambiental e social que tem. Quando se fala em desenvolvimento sustentável, se tem que computar este preço. Hoje os produtos que não tem esta preocupação são mais baratos porque justamente o preço é irreal — afirmou.
Presidente do conselho curador da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), Israel Klabin, que também participou do lançamento do guia, defendeu o aumento de políticas públicas para incentivar a sustentabilidade em empresas.
— Espero que empresas não sustentáveis percam competitividade. Mas isso também depende da implementação de políticas pelo poder público, na forma tributária, no monitoramento, na taxação do poluidor — disse.
Comparando as conferências Rio 92 e Rio+20, Klabin disse que a primeira trata de efeitos da destruição do meio ambiente, enquanto que a segunda, de causas desta:
— Em 1992, o problema da mudança climática era vigente, assim como a dificuldade de conservação das águas e das florestas. Eles foram tratados sem se preocupar com suas causas, só com seus efeitos para o ambiente e para o homem. Hoje, durante a Rio+20, a plataforma básica são as causas, ou seja, é o modelo econômico e a importância da inclusão social. E isto é um avanço importante — defendeu.
O Globo, 31/05/2012
Marina participou, nesta quarta-feira, do lançamento do Guia Rio+20, uma publicação com informações básicas sobre esta e outras conferências da ONU. Três mil exemplares foram impressos do livreto, que serão distribuídos durante eventos de junho. Mas o público também pode fazer download do documento no site do CEBDS.
Custo de produto é irreal
Durante o lançamento, Marina Grossi cobrou maior participação do setor privado em conferências, como a Rio+20, e criticou o elevado valor de produtos sustentáveis, a exemplo dos orgânicos. Ela afirma que o custo do produtos são definidos de maneira equivocada.
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— O custo de um produto não está hoje computando o impacto ambiental e social que tem. Quando se fala em desenvolvimento sustentável, se tem que computar este preço. Hoje os produtos que não tem esta preocupação são mais baratos porque justamente o preço é irreal — afirmou.
Presidente do conselho curador da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), Israel Klabin, que também participou do lançamento do guia, defendeu o aumento de políticas públicas para incentivar a sustentabilidade em empresas.
— Espero que empresas não sustentáveis percam competitividade. Mas isso também depende da implementação de políticas pelo poder público, na forma tributária, no monitoramento, na taxação do poluidor — disse.
Comparando as conferências Rio 92 e Rio+20, Klabin disse que a primeira trata de efeitos da destruição do meio ambiente, enquanto que a segunda, de causas desta:
— Em 1992, o problema da mudança climática era vigente, assim como a dificuldade de conservação das águas e das florestas. Eles foram tratados sem se preocupar com suas causas, só com seus efeitos para o ambiente e para o homem. Hoje, durante a Rio+20, a plataforma básica são as causas, ou seja, é o modelo econômico e a importância da inclusão social. E isto é um avanço importante — defendeu.
O Globo, 31/05/2012
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