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É emblemático o desempenho de alunos de escolas da prefeitura do Rio situadas em comunidades beneficiadas pela presença de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) registra, entre 2009 e 2011, um fenômeno positivo: notas de estudantes de áreas livres do tráfico ou de milícias subiram até 42,8% no período. Esmiuçados, os números revelam inquestionável relação de causa e efeito, mostra levantamento que O GLOBO publicou na semana retrasada.
As 24 escolas que oferecem do 1º ao 5º ano do ensino fundamental em áreas com UPP tiveram um crescimento médio de 11,8% nas notas. Passaram de 4,48 para 5,01 nos critérios de aferição do Ideb (desempenho dos alunos em provas de português e matemática e taxas de aprovação das unidades escolares). A evolução de 90 colégios de comunidades conflagradas foi mais modesta (6,8%). A curva de melhoria das unidades onde houve pacificação é superior, inclusive, à da média (7,7%) das 592 situadas em outras regiões do município.
O índice médio de evolução de quase 43% foi obtido no segundo segmento (6º ao 9º ano), onde as oito escolas em áreas de UPP, que tinham um perfil sofrível até 2009, saltaram de 2,8 para 4, contra um crescimento de 28% das 31 unidades de regiões com tráfico ou milícia.
Analisado pelo viés educacional, o novo perfil dessas escolas é notável, porque as eleva a índices bem próximos ao da média geral que o Rio obteve no levantamento do Ideb (5,4, sexta posição no ranking nacional). E as deixa bem menos distantes da nota de Florianópolis (6,0), a mais bem colocada capital brasileira na última aferição. Outro dado que merece registro é a constatação de que também houve queda no ritmo de evasão escolar nas áreas pacificadas.
Levando-se em conta outros aspectos fora da avaliação educacional, os números do Ideb confirmam obviedades. Livres da ditadura das armas e da violência com que o crime organizado as subjuga, as famílias têm a oportunidade de apostar no futuro de seus filhos, afastando-os do pernicioso convívio com o tráfico ou milícias e enviando-os para a escola. Os jovens, por sua vez, se sentem mais envolvidos com a educação, e a ela se dedicam com a paixão de quem tem sede de conhecimento.
A realidade mostrada pelo Ideb nas áreas pacificadas é positiva, mas não pode implicar relaxamento do poder público. É crucial que os avanços se consolidem para evitar retrocessos. Também, há outros aspectos da retomada de áreas subjugadas que devem ser incrementados, como a permanente presença do Estado nas comunidades com uma rede de serviços que lhes assegure outros benefícios da cidadania. Mas as conquistas no campo da educação básica apontam uma direção a seguir.
As 24 escolas que oferecem do 1º ao 5º ano do ensino fundamental em áreas com UPP tiveram um crescimento médio de 11,8% nas notas. Passaram de 4,48 para 5,01 nos critérios de aferição do Ideb (desempenho dos alunos em provas de português e matemática e taxas de aprovação das unidades escolares). A evolução de 90 colégios de comunidades conflagradas foi mais modesta (6,8%). A curva de melhoria das unidades onde houve pacificação é superior, inclusive, à da média (7,7%) das 592 situadas em outras regiões do município.
O índice médio de evolução de quase 43% foi obtido no segundo segmento (6º ao 9º ano), onde as oito escolas em áreas de UPP, que tinham um perfil sofrível até 2009, saltaram de 2,8 para 4, contra um crescimento de 28% das 31 unidades de regiões com tráfico ou milícia.
Analisado pelo viés educacional, o novo perfil dessas escolas é notável, porque as eleva a índices bem próximos ao da média geral que o Rio obteve no levantamento do Ideb (5,4, sexta posição no ranking nacional). E as deixa bem menos distantes da nota de Florianópolis (6,0), a mais bem colocada capital brasileira na última aferição. Outro dado que merece registro é a constatação de que também houve queda no ritmo de evasão escolar nas áreas pacificadas.
Levando-se em conta outros aspectos fora da avaliação educacional, os números do Ideb confirmam obviedades. Livres da ditadura das armas e da violência com que o crime organizado as subjuga, as famílias têm a oportunidade de apostar no futuro de seus filhos, afastando-os do pernicioso convívio com o tráfico ou milícias e enviando-os para a escola. Os jovens, por sua vez, se sentem mais envolvidos com a educação, e a ela se dedicam com a paixão de quem tem sede de conhecimento.
A realidade mostrada pelo Ideb nas áreas pacificadas é positiva, mas não pode implicar relaxamento do poder público. É crucial que os avanços se consolidem para evitar retrocessos. Também, há outros aspectos da retomada de áreas subjugadas que devem ser incrementados, como a permanente presença do Estado nas comunidades com uma rede de serviços que lhes assegure outros benefícios da cidadania. Mas as conquistas no campo da educação básica apontam uma direção a seguir.
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