08 de setembro de 2011 Educação no Brasil | O Globo | Economia | BR
Mas educação e infraestrutura são entraves a avanço maior na lista do Fórum Clarice Spitz clarice.spitz@oglobo.com.br Embalado pelo forte crescimento econômico do último ano, o Brasil subiu cinco posições na escala de competitividade global e passou a ocupar o 5% posto no ranking de 142 países avaliados pelo Fórum Econômico Mundial.Desde 2006, quando a capacidade de competir passou a ser medida pelo organismo, o país já teve um progresso de 17 posições,se forem considerados apenas os 122 países originalmente pesquisados. A lista dos mais competitivos continua sendo liderada majoritariamente por europeus, com a Suíça encabeçando a lista pelo segundo ano consecutivo, seguida por Cingapura. A reboque da lenta recuperação internacional, os Estados Unidos perdem posição pelo terceiro ano consecutivo, mas ainda permanecem em quinto globalmente. - O crescimento consistente da economia brasileira no momento em que os países desenvolvidos estavam com um nível muito baixo de expansão gerou aumento da economia doméstica, da renda das famílias, e isso foi determinante para influenciar a perspectiva de crescimento futuro - afirmou Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação e Competitividade da Fundação Dom Cabral, que é parceira do Fórum Econômico Mundial. Ele lembra que um terço da pontuação de competitividade do país vem da opinião de empresários e o otimismo pode ter influenciado a avaliação sobre instituições, grande destaque para o país. O ranking avalia 12 pilares de competitividade que abrangem itens básicos, como infraestrutura, estabilidade macroeconômica, educação, eficiência dos mercados de bens e de trabalho e inovação e eficiência do mercado de trabalho. Entre países com o mesmo nível de desenvolvimento, o Brasil ficou bem acima da Argentina (em 85°), mas ainda está bem distante do Chile (319), mais atrativo entre os países da América Latina. Entre os pontos considerados fortes da economia brasileira estiveram o ambiente de sofisticação empresarial com a qualidade da gestão e nível institucional. Apesar do avanço, a competitividade brasileira foi travada por quesitos considerados básicos, como infraestrutura, estabilidade macroeconômica e educação. O Brasil ainda está entre os últimos no spread bancário (diferença entre os juros que as instituições financeiras pagam para captar e cobram para emprestar recursos), na 136ª posição. A burocracia para abertura de um novo negócio e os tributos ainda deixam o país na lanterna em relação a outros países do mundo. O Brasil permanece muito defasado no quesito qualidade da educação básica,com baixa taxa de matrícula. País tem maior avanço entre os Brics Outro pilar considerado problemático para o país é o de infraestrutura, historicamente entre os piores do mundo, especialmente em aeroportos, rodovias e ferrovias. Mesmo registrando o maior avanço entre os emergentes que atendem pela sigla Brics, o Brasil ainda está bem atrás da China, líderd os emergentes em termos de inovação. O país fica em 44º neste ranking, enquanto a China tem a 29B posição. O Brasil passou a India este ano no ranking geral e está em terceiro entre os Brics. Para o economista e diretor associado do Centro de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial, Beñat Bilbao-Osorio, os maiores gargalos para a competitividade brasileira estão relacionados a qualidade de educação, mão de obra e inovação. - São variáveis que estão relacionadas e que passam a ter mais pesoseo Brasilquiser fazer parte do bloco mais desenvolvido de competitividade - afirmou. |
8 de setembro de 2011
Brasi sobe 5 posições e fica em 5º em ranking global de competitividade
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jorge werthein
às
07:09
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