1 de março de 2011

Metade da população brasileira acredita que educação pública do país melhorou





Pesquisa feita pelo Ipea mostra que a população do Norte e Nordeste percebeu as maiores melhorias na educação. Mesmo assim, ainda reclama da oferta da merenda escolar. O ProUni é outro programa que, para os brasileiros em geral, precisa ser ampliado Para quase metade da população brasileira (48,7%), a educação pública do país melhorou em comparação com anos anteriores. Os dados são do Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgados nesta segunda-feira (28/2). A pesquisa, realizada em cidades de todo o Brasil em novembro de 2010, teve por objetivo captar a percepção da população em relação à educação pública e programas de apoio desenvolvidos pelo Governo Federal.
Os indicadores divulgados nesta manhã mostram que nas regiões Sul e Sudeste, as mais desenvolvidas do país, esse índice de percepção de melhora foi menor, enquanto na região Sul, 36% da população acreditam que a educação tenha piorado.
A pesquisa mostra que, assim como é grande a desigualdade social do país, também são diferentes as percepções da qualidade dos serviços públicos nas cinco regiões. No Centro-Oeste, Nordeste e Norte, a população sentiu uma melhora maior na educação. São essas regiões que concentram os piores índices educacionais e mais investimentos federais para a área. Ao mesmo tempo, Norte e Nordeste reclamam da qualidade e quantidade da merenda escolar. Cerca de 62% e 61% respectivamente consideram a merenda regular ou ruim e mais da metade da população dessas regiões também acha que falta alimentos para suprir toda a demanda.
Insuficiente também é a oferta do Programa Universidade Para Todos (ProUni). De acordo com 84% da população, a quantidade de vagas oferecidas pelo programa é baixa. Para 73,4%, o programa deve ser ampliado e para 24% mantido no formato atual.
Criado em 2005, o ProUni atendeu até o fim do ano passado 748.788 bolsistas. Para o primeiro semestre de 2011, 1 milhão de candidatos se inscreveram para disputar uma das 123 mil bolsas ofertadas.
Outro dado importante da pesquisa é o nível de desconhecimento da população em relação aos conselhos escolares: 71% não sabem da existência dessas instâncias. O estudo aponta que, quanto menor o nível de escolaridade da população, menor o índice de conhecimento dos conselhos. Enquanto no grupo de pessoas que tem até o 5° ano do ensino fundamental 82% não conhecem os conselhos, 51% daqueles que têm ensino superior afirmaram saber da existência dos conselhos.
Segundo o estudo, em relação à faixa etária dos entrevistados, os mais velhos foram os que apresentaram a menor proporção de repostas positivas e o nível de conhecimento das mulheres sobre os temas avaliados foi aproximadamente 10 pontos percentuais maior que o verificado entre os homens . Essa diferença, aponta o Ipea, pode ser explicada pelo fato de as mães estarem mais atentas à vida escolar dos filhos do que outros membros da família.
Leia mais: - Segundo pesquisa do Ipea, para 51% da população, educação no Brasil não melhorou - Merenda escolar tem pior avaliação no Norte e Nordeste - Sete em cada dez brasileiros querem ampliação do ProUni - Ipea mede percepção social sobre educação
Correio Brasiliense

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