Diagrama: Universidades ricas e escolas pobres
Fotos: Luiz Carlos Murauskas/Folhapress e Roberto Price/Folhapress |
reprodução/Revista Época |
Um estudo mostra como o ensino superior drena recursos que deviam ir para o básico Alexandre Mansur (texto) e Marco Vergotti (gráfico)
O Brasil continua tomando bomba em uma equação crucial: apesar de o investimento em educação não ser tão pequeno, a qualidade das escolas continua baixa. Somando os gastos federal, estaduais e municipais, o Brasil dedica 4,3% do PIB à educação, proporção similar à da Coreia do Sul, um exemplo internacional na área. Mas os alunos brasileiros estão entre os últimos em comparações internacionais. Por quê? Um estudo recente, coordenado pelo economista Fernando Veloso, do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro, traz algumas respostas. Segundo ele, o dinheiro não é bem gasto. Primeiro, uma fatia desproporcional do bolo vai para o ensino superior. Em um país onde só 37% da população completou o ensino médio, o foco do governo tem sido subsidiar as universidades. "Os dados mostram uma inversão de prioridades", diz Veloso. "O gasto público contribui para a baixa mobilidade educacional no país." Além disso, diz, o pouco dinheiro que chega às escolas poderia ser mais bem usado.
O Brasil continua tomando bomba em uma equação crucial: apesar de o investimento em educação não ser tão pequeno, a qualidade das escolas continua baixa. Somando os gastos federal, estaduais e municipais, o Brasil dedica 4,3% do PIB à educação, proporção similar à da Coreia do Sul, um exemplo internacional na área. Mas os alunos brasileiros estão entre os últimos em comparações internacionais. Por quê? Um estudo recente, coordenado pelo economista Fernando Veloso, do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro, traz algumas respostas. Segundo ele, o dinheiro não é bem gasto. Primeiro, uma fatia desproporcional do bolo vai para o ensino superior. Em um país onde só 37% da população completou o ensino médio, o foco do governo tem sido subsidiar as universidades. "Os dados mostram uma inversão de prioridades", diz Veloso. "O gasto público contribui para a baixa mobilidade educacional no país." Além disso, diz, o pouco dinheiro que chega às escolas poderia ser mais bem usado.
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