19 de abril de 2011

Educação no Brasil :Violencias nas Escolas no DF:Alunos promovem vandalismo e destruição



Educação no Brasil | Correio Braziliense | Cidades-DF
Alunos promovem vandalismo e destruição


Grupo de estudantes do Centro Educacional 4 do Guará protagonizaram cenas de vandalismo e de violência na entrada do turno da tarde. Alguns deles atiraram bombinhas em lixeiras e quebraram janelas a pedradas. Ao serem advertidos por funcionários e pela Polícia Militar, agrediram policiais e destruíram o vidro do carro de um dos professores. O colégio acabou fechado por cerca de 30 minutos. Por medida de segurança, a coordenação resolveu suspender as aulas até quarta-feira. Os 26 alunos envolvidos no ataque foram identificados e serão transferidos de instituição. A direção do centro de ensino informou que os atos de violência ocorrem a partir do remanejamento de alunos de outras cidades, além da diferença de idade entre os estudantes - eles têm entre 12 e 18 anos.
Desde o início do ano letivo, muitos alunos do Centro Educacional 4 se sentem intimidados em ambiente escolar. Presenciam agressões dentro dos ônibus escolares e nas salas de aula. Contam que é comum assistir a outros colegas quebrando as janelas do colégio, fumando cigarros e agredindo verbalmente professores e funcionários.
Um adolescente testemunhou o vandalismo. "Estávamos chegando à escola quando, de repente, alguém soltou uma bombinha e, logo em seguida, vi várias pedras sendo atiradas contra o centro educacional. Fiquei assustado e esperando para ver o que ia acontecer. Quando vi que a porta da escola estava aberta, resolvi sair correndo para casa", disse o estudante do 9º ano, que não quis se identificar. Ele revelou que não é a primeira vez que presencia esse tipo de violência. "Tenho visto essas atitudes de vandalismo desde que começaram as aulas. Minha sala, por exemplo, é uma das mais prejudicadas. As janelas estão todas quebradas", acrescentou.
A chefe do Núcleo Pedagógico da Regional de Ensino, Adriane Leal, disse que o problema é antigo. "Tal fato se explica pela transferência dos alunos de outras escolas para o Guará. Ficamos com uma demanda muito grande, sem contar que houve uma mistura de faixa etária. Temos alunos matriculados de 12 anos com outros de 18. E eles chegam juntos no ônibus escolar. Ficamos com aproximadamente 95% das matrículas tomadas devido às transferências", explicou.
O coordenador da Moura Transportes, que presta serviço ao Governo do Distrito Federal (GDF), contou que os motoristas também são ameaçados pelos estudantes. "Quando os veículos passam pela Estrutural, principalmente pelas quadras 12 e 17 para pegar os alunos, muitos deles não são da escola, mas estão com a blusa do colégio. Fica difícil monitorar a entrada deles nos ônibus, sem contar que, quando se trata desse caso, eles ameaçam as monitoras e os motoristas. Elas ficam com medo e acabam deixando os indivíduos embarcarem", revelou.



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