Recife, PE - quarta-feira, 08 de dezembro de 2010
Ainda há incontáveis desafios e exatamente 52 países a serem superados para que o Brasil ocupe a melhor posição na educação mundial - pelo menos segundo o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), realizado a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em 2009, dos 65 países avaliados em três áreas de conhecimento - leitura, matemática e ciências -, o Brasil obteve 401 pontos, perto, por exemplo, do Cazaquistão (399). O primeiro lugar ficou com a China (feita só em Xangai), que conquistou 577 pontos e o último, com o Quirziquistão (325 pontos). No Brasil, a avaliação foi feita em 20 mil alunos de todos os estados, revelando desigualdade regional. Pernambuco apresentou 381 pontos, abaixo da média nacional, situado - se fosse um país - entre a Albânia e o Qatar.
Luis Felipe, Fábio e Ana Luiza: é preciso investir mais Foto: Gustavo Moreno/CB/D.A PressO governo federal comemorou a evolução da pontuação desde a criação do sistema, em 2003. O Brasil foi o terceiro país com a maior evolução no programa, com diferença de 33 pontos entre os quatro exames - em 2000, foram contabilizados 368 pontos. ´É inegável que o último triênio foi bom para o Brasil. Nossa meta em 2009 era 395 pontos e nós atingimos 401. Superamos países como a Argentina`, afirmou Haddad ao Correio Braziliense/Diario. A média conquistada na avaliação pelos países da OCDE foi de 496 pontos.
O Pisa avaliou 470 mil estudantes do mundo, nascidos em 1993. Os colegas Luis Felipe Marçal, Fábio Vargas e Ana Luiza Marrara, de 17 anos, ao se depararem com os resultados da avaliação, se posicionaram entre a comemoração e a cobrança. ´O Brasil ainda está muito atrás. O governo não pode achar que está bom. Tem que investir e mudar a postura, a cultura. Para ser bom, tem que dar educação desde pequeno`, defendem.
Os números trazem ainda uma avaliação qualitativa que preocupou especialistas. Um exemplo é o fato de que quase metade dos avaliados contam com grau mínimo de habilidade de leitura. O sociólogo e ex-representante da Unesco no Brasil, Jorge Werthein, destaca: ´Muitos avaliados encontram-se no nível 1 de leitura. Ou seja, são incapazes de uma leitura elaborada. E esse é também um problema universal. Uma pesquisa nos mostra que o que esses estudantes mais leem são, em primeiro lugar, mensagens de texto, em segundo, e-mails e, em terceiro, textos na internet. É preciso urgentemente incentivar o hábito da leitura`, constatou. (Larissa Leite)
Diario de Pernambuco
Luis Felipe, Fábio e Ana Luiza: é preciso investir mais Foto: Gustavo Moreno/CB/D.A PressO governo federal comemorou a evolução da pontuação desde a criação do sistema, em 2003. O Brasil foi o terceiro país com a maior evolução no programa, com diferença de 33 pontos entre os quatro exames - em 2000, foram contabilizados 368 pontos. ´É inegável que o último triênio foi bom para o Brasil. Nossa meta em 2009 era 395 pontos e nós atingimos 401. Superamos países como a Argentina`, afirmou Haddad ao Correio Braziliense/Diario. A média conquistada na avaliação pelos países da OCDE foi de 496 pontos.
O Pisa avaliou 470 mil estudantes do mundo, nascidos em 1993. Os colegas Luis Felipe Marçal, Fábio Vargas e Ana Luiza Marrara, de 17 anos, ao se depararem com os resultados da avaliação, se posicionaram entre a comemoração e a cobrança. ´O Brasil ainda está muito atrás. O governo não pode achar que está bom. Tem que investir e mudar a postura, a cultura. Para ser bom, tem que dar educação desde pequeno`, defendem.
Os números trazem ainda uma avaliação qualitativa que preocupou especialistas. Um exemplo é o fato de que quase metade dos avaliados contam com grau mínimo de habilidade de leitura. O sociólogo e ex-representante da Unesco no Brasil, Jorge Werthein, destaca: ´Muitos avaliados encontram-se no nível 1 de leitura. Ou seja, são incapazes de uma leitura elaborada. E esse é também um problema universal. Uma pesquisa nos mostra que o que esses estudantes mais leem são, em primeiro lugar, mensagens de texto, em segundo, e-mails e, em terceiro, textos na internet. É preciso urgentemente incentivar o hábito da leitura`, constatou. (Larissa Leite)
Diario de Pernambuco
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